29 dezembro, 2010

when words are not necessary (part II)

 Parte I


Talvez surpreso seria pouco. Não tinha certeza se era isso que habitava aquela atmosfera, talvez fosse medo. Receio. Me forcei a pensar em outra coisa, talvez fosse dor.
Podia sentir que havia dor ali, seu sorriso dançava e roubava toda minha atenção, mas ali naquele rosto tantas vezes visto por mim através de uma tela, estava claro que o sorriso e os olhos estavam em desarmonia.
Perguntei-me o que havia em meu rosto, como eu estaria enquanto decifrava sua face, como tudo nele, tão enigmática. Pus as mãos no rosto, respirei fundo, pus algumas madeixas do meu cabelo despenteado pelo vento atrás das orelhas e me virei para o muro de novo. Eu precisava me apoiar e ter certeza que meus joelhos me aguentariam por mais alguns minutos, até que ele me deixasse a sós novamente.
Passaram-se alguns minutos e não houve som algum que eu pudesse ouvir, relaxei. Ele já haveria ido embora e agora eu poderia me culpar por criar ilusões tão ilógicas e irracionais. O que estava acontecendo comigo afinal? Agora minha mente tola decidira brincar de projetar meus pensamentos? Era só o que me faltava.
Ri sozinha e me virei para procurar o eclipse idiota que estava atrasado. O céu continuara preto, porém o céu não era o único que continuara ali.
O fitei incrédula, boquiaberta e apoiando meu rosto em minha mão direita. Ele não deveria estar ali, nem nas minhas melhores hipóteses ele ia atrás de mim. E bom, eu não estava feliz por ele estar ali, eu realmente estava irritada. Era o meu eclipse, o meu momento sozinha, a minha ilusão. Ele não poderia deixar eu comandar minha mente nem uma vez?
-Oi -disse entre os dentes e me virei de novo pro muro.
Minhas mãos estavam em punho contra o muro e minha respiração era ofegante. Garoto idiota!
- E aí -disse ele animado, ou assim tentando- o que faz aqui?
- Li algo sobre um eclipse, queria ver. -Eu estava realmente emburrada e minhas palavras fluiam nada gentis, porém não estava me sentindo culpada, eu queria confrontá-lo, queria gritar com ele. Todo aquela falsa civiilização me matava paulatinamente e qualquer deixa seria usada contra ele.
- Não haverá eclipse algum essa noite, eu..
- Claro, claro. - o interrompi. Ele não percebeu que eu queria ficar sozinha?
- Não acredita em mim?
As palavras dele saiam  com dor, pensei em virar e verificar seu rosto, mas eu não queria amolecer hoje. Hoje não.
Fui eu quem não reagiu, quem sempre foi compreensiva com os problemas dele. Eu não queria falar que estava "tudo bem, sem problemas" de novo, até porque não estava! Eu estava ali, sangrando por dentro e me despedaçando a cada movimento brusco. Eu queria gritar com ele, por a razão do meu lado e fazê-lo sentir um terço da dor e da culpa que eu levava fazia meses.
Eu queria vê-lo pensar duas vezes antes de ir a algum lugar onde me encontraria, só porque sentiria dor e mediria palavras e atitudes. Por um longo instante eu queria ver como ele agiria no meu lugar, e como ele responderia se acreditava em mim.
(clique no link abaixo e leia o restante)

09 dezembro, 2010

Madrugada insana


Por mais que todas as folhas caiam e a árvore se seque, haverá um tempo em que os galhos secos se encherão de vida até que não lhe caiba mais tantas folhas. E então o clima cooperará, as folhas caem, o galho se fortalece, e depois o ciclo toma forma de novo. Fora assim nos meus últimos anos, alguns passei em frente á TV, outros tanto dormindo, alguns escrevendo, alguns embaixo das cobertas e me tapando do mundo, e outros me preparando para a primavera e suas novas folhas verdes.

Desde que ele se fora, nada sobrara em mim, nem o som da sua voz melódica, nem sua cara emburrada para mim quando fazia algo imprudente ou sem pensar, nada sobrara. As memórias foram indo para o passado como em fila indiana, e eu... Bom, eu não lutei depois dos primeiros meses.
Foi em agosto, quem dirá setembro, que não havia mais nada. Mas dizem que física odeia espaço vazio, mas não ocorreu nenhum estrondo horroroso e assustador como aconteceria em uma tempestade. Na verdade, quisera eu que fosse uma tempestade. Comecei á tocar a vida para frente, meio que arrastada, mas ela ia aos poucos vencendo o atrito, embora devo confessar que ele era quase mais forte que eu. Ás vezes batia um cansaço, um desânimo, uma vontade de férias.
A vontade se foi assim que consegui as tão sonhadas férias, porém na verdade, não sabia se as desejava tão desesperadamente assim. Talvez fosse coisa tola de adolescente, ter algo do que reclamar, embora não me faltasse escolhas na época.
Bom, sobre a escola não havia nada muito específico a citar, embora as péssimas notas fosse algo novo para mim. Amizade? Tá, eu não saberia lhe informar sobre aquilo, era instável demais em relação á mim e ao meu humor.
Por meses fiquei presa a alguma história de um livro surrado que ficou do lado da minha cabeceira durante muitas quedas e recuperações, durante muitas vidas que esse ciclo teve. Hoje em dia ele fica guardado em uma caixa, no canto inferior esquerdo do meu armário de bagunças. Os quatro exemplares surrados me traziam dor, mas também me traziam a história de algo que seria legal contar algum dia. Quando a cicatriz já não mais doesse, é claro.
Eu estava boa -não curada- mas estava vivendo quando o ciclo se repetiu pela 1° vez. Eu estava, não parada, mas em piloto automático quando o bonde passou e eu sem pensar muito subi nele. A história se repetiu algumas vezes, cada coisa de forma diferente visto a olhos nus, mas do mesmo modo quando visto com as artérias do coração. Parece algo besta - afinal, artérias?! Que louco escreveria que o coração vê o amor com artérias?- mas decidia ser mais realista vez em quando, e estas coisas escapuliam da minha mente previsível.
Na verdade, eu poderia muito bem culpar minha mente por todos esses ciclos iguais e diferentes que vieram acontecendo comigo repetidamente e intoleravelmente desde então, porém não parecia certo comigo mesma. Eu não era a culpada da história, mas também não queria que ele fosse. Sempre tão gentil e prestativo, não queria ser egoísta agora. Então, em uma atitude razoável, dividimos a culpa. Ele ficaria com a falta de resistência, e eu com a persistência. Vendo assim, até pareceríamos um casal de certo modo.
Num jogo de tabuleiro com dois participantes a cautela era necessária, mas quando os peões tomavam vida era algo desastroso e fora do controle. Não me acostumei muito a isso, e ainda hoje não entendo como pode? Ás vezes me sentia em um tabuleiro de xadrez de bruxo. O que me irritava não eram os jogadores ou as peças sempre brancas, era ser independente e tão alheia aos peões. Mas quem dera se meu problema fosse a luxúria de comandar apenas, o jogo era viciado e eu nunca ganharia. Nem trapaças eram permitidas, quem sabe não havia um feitiço protetor? Quase como no cálice de fogo, pena que eu nunca tomaria do vinho.
Foram assim meus últimos dias desde que o ultimo ciclo se finalizara no outono passado. Contei os dias como meses, e tive momentos de devaneios profundos. Alguns insights que não deram muito certo e espirros causados pelo pó dos exemplares surrados que resgatei a uma semana (e agora saibam que conto com o relógio). No verão, começa tudo de novo, talvez por isso eu goste tanto de inverno, é neutro o bastante para se parecer com a Suíça e não ter frutos nem perdas.
Agora tenho que ir pro meu casulo genérico, são 01:30 e acho que o que eu escrevo já nem deve mais fazer sentido.

Mas antes,
um brinde aos dados viciados!

05 dezembro, 2010

water

Brinquei com gelo nas mãos até que só água sobrasse daqueles cubos. Fiz com minhas próprias mãos a pedra sólida se tranformar em água. Sem forma, sem cor, sem cheiro... Adaptável. A lembrança da solidez da pedra havia se transformado em líquido que evapora. E a única certeza que tive da existência  do objeto sólido era a mão gelada que aos poucos se esquentou sem nem ao menos pedir permissão.
 A possibilidade de evaporar algo sólido era tão transparente como a água que gotejava dos meus dedos. Era como lágrimas contidas de um inverno, e que no verão evaporam.

Paramore in Brazil

Há algum tempo venho pensando na mudança do meu blog e na possibilidade de posts informativos, e acho que agora é a ocasião ideal.




 Vocês conhecem PARAMORE, certo? Pois é a banda fará uma turnê pelo Brasil em fevereiro, e será sua segunda vinda ao país. A turnê será do album Brand New Eyes e acontecerá em fevereiro do ano que vem. Os shows serão em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo e acontecerão, respectivamente, nos dias 17, 19 e 20 de fevereiro. Eu to super animada para o show do Rio, e pretendo fazer de tudo para poder ir, afinal paramore é uma das minhas bandas preferidas em uma lista pequena na qual a maioria são musicas velhas e nacionais.
Os preços do ingressão irão variar desde 100 reais e 300 e a venda de ingressos será aberta primeiramente para membros do fã clube oficial, depois para alguns cartões específicos e então para o publico em geral, no dia 13 de dezembro.

  • Agora vamos falar sobre Brand New Eyes:
O terceiro cd dessa maravilhosa banda estadunidense foi lançado em 2009, e conquistou o público de forma inacreditável com os hits Ignorance, Decode (tema da saga Crepúsculo), The Only Exception e o mais novo clip lançado, Playing God.
O nome do álbum, brand new eyes (olhos bem novos, ou apenas olhos novos) mostra um novo rumo que a banda está tomando, "é como ver tudo de uma nova perspectiva".

Pra maiores informações aqui estão alguns sites que poderão lhe tirar maiores dúvidas sobre a compra de ingressos, local do show e sobre a banda.

Bom, espero que aproveitem as informações e que se não conhecem paramore passem a conhecer. Até porque vale suuuper a pena.

24 novembro, 2010

Nostalgia de primavera


Era tarde de primavera, naquela cidade pacata e idiota na qual as três moravam, não havia nada mais interessante a se fazer à dar voltas (que seja percebidos o plural da palavra) no shopping.
Três meninas, todas de uniforme, nenhum parecido, mesma escola, sonhos diferentes, risadas compartilhadas e uma forte ligação que talvez seja fruto de uma banda encontrada no myspace qualquer dia desses, ou  talvez há um ano e meio.
Andavam e emitiam sons esquisitos (risadas talvez), estavam se divertindo e isso era claro em seus sorrisos e gargalhadas (e que verdade seja dita, assustavam pedestres de uma mesma calçada).
Seus fones de ouvido compartilhados não importando exatamente a música, mas sim a oportunidade de cantar bem alto (e desafinadamente) e talvez pagar mais algum mico também. Foram muitos aquele dia, mas algo interessante aconteceu intercalando suas risadas causadas pelos tropeções da mais desastrada.
Entraram em uma loja, e é claro que isso envolvia mais algum mico, mas algo naquela atmosfera havia mudado, o cara com olhos verdes atrás do balcão talvez, ou então a total falta de atenção dele na menina que tagarelava ao seu ouvido (que me desculpe a primeira menina).
Olhou para a segunda garota e ela sorriu encantada com os olhos verdes que expressavam sabe-se lá o que. Mas algo acontecia com a terceira, que ignorou completamente a comentário adolescente-juvenil da segunda e só se preocupava em segurar suas mãos fortemente e fixar seu ohar no chão.
Seus ouvidos se fecharam para tudo ao seu redor, apenas apitava um som tão agudo que junto com o tremor de suas mãos faziam seu coração bater ferozmente dentro daquele corpo que insistia em mandar adrenalina para onde tivesse espaço vago. Em sua mente passavam imagens mudas de um passado mal  resolvido, que evaporou de uma hora para outra e nunca mais havia sido lembrado.
Aquele sentimento adormecido havia sido acordado. Nada mais fazia sentido, o que estaria ele fazendo ali? O que havia acontecido com ele? Porque ela a deixara de uma hora para outra?
Suas mãos suavam, seus joelhos já não mais existiam e seu coração estava mais ali do que já estivera nos ultimos 2 anos e meio. Em sua cabeça as perguntas tomavam o lugar das imagens mudas, e ali tudo estava tão rápido.
Ela queria enfrentá-lo e dizer como ficou quando ele a deixou de uma hora para outra e sumiu da sua vida. De como ela sentiu falta das risadas e sentimentos ocultos. Ela queria simplesmente tocá-lo e saber que aquilo não era um sonho, uma peça que seu inconsciente estava a lhe pregar, mas tudo o que conseguiu fazer foi sorrir e olhar pro chão, despejando toda sua raiva no aperto de suas próprias mãos.
Respirou fundo, ignorou o apito e acalmou seu feroz coração. Lembrou-se de como andar e saiu dali com as amigas, contou-lhes sobre ele e de como havia sido aquela época tão boa e inocente. Falou das perguntas e do tremor também, não lembrava direito de como havia se sentido, crise de ausência, e então o papo não ocupou mais de 10 minutos.

 
Em voz alta pelo menos.



Dedicado à duas amigas muito especiais.
Aliás, obrigada pelas risadas daquele dia.

22 novembro, 2010

Vento no Litoral

Renato Russo: Quem que já sofreu por amor?
Público: EEEEEU !
Renato Russo: Isso tudo já se apaixonou de verdade? Eu sempre faço essa pergunta, porque, EU NÃO ACREDITO NISSO. Eu cheguei à conclusão, que se o amor é verdadeiro, não existe sofrimento.
Senão fica um cara doente, igual ao cara dessa música agora (…)
 


citação de Charles Bukowski

E se em alguém aí fora que se sente louco o suficiente pra querer se tornar um escritor, eu diria vai em frente, cospe no olho do sol, bate nessas teclas, é a melhor loucura que há, os séculos precisam de ajuda, as espécies gritam por luz e apostam e riem. Mostra pra eles. Há palavras suficientes pra todos nós.

(Charles Bukowski)

14 novembro, 2010

run


Nada parecia suficiente ali, nem a música e nem a água que caia do chuveiro parecia fria o suficiente para a fazer pensar em outra coisa.
Na sua mente tudo estava abafado pelo som interno do seu grito de horror e pelas imagens agitadas que pareciam gritar algo óbvio mas não tinha som para alguém ouvir (se cair uma àrvore longe o suficiente para ninguém ouvir, podemos dizer que fez barulho?).
Saiu ainda calçando o tênis, o calor era insuportável e o Rio de Janeiro também. Correu por alguns quarteirões até que seu fôlego a abrigou a caminhar em passadas longas e barulhentas.
As ruas estavam vazias e silenciosas, de vez enquando achava algum casal em frente aos grandes prédios. Pracinhas sem som, casas com luzes amareladas, mendigos em esquinas abandonadas. Olhava tudo, não enxergava nada. Recuperou o ritmo de corrida e cada vez mais aumentava suas passadas, agora sem ouvir o barulho que junto com o chão produzuria. Seus fones berravam palavras estrangeiras que não seriam apropriadas àquilo a não ser pelo ritmo rapido e alto o suficiente para abafar seus pensamentos.
Parou, olhou ao redor e encontrou uma pedra. Sentou e pôs-se a olhar tudo a sua volta, a terra úmida, as árvores altas e verdes e a lua que estava mais perto dela do que ja estivera um dia. Sentiu o vento forte e frio em seu rosto e não se encolheu, pelo contrário, se expôs á ele. Depois de tanto se esconder, depois de tanto controlar impulsos e medir palavras devia haver algo do qual ela não deveria se esconder ou recuar. Gritou tão alto que nem a folhagem seca e coberta por musgos que havia por todos os lados poderia abafar aquele som. Alguns pássaros se assustaram e voaram, mechendo assim os galhos da árvore debaixo da qual se encontrava. Choveu por curtos segundos, mas pareceu o bastante para tirar o suór excessivo de seu rosto.
Fechou os olhos e deixou que sua mente se concentrasse num barulho longe dali, tinha barulho de água corrente e era cada vez mais confortável ouvir aquilo.
Perante a chuva das gotas de orvalho e a brisa fria, enxugou as lágrimas que já não mais estavam ali e prometeu para sí mesma que nunca mais se sentiria assim, com aquele aperto no coração e a sensação da insuficiência de ar.
Ela mais que ninguém sabia o que deveria fazer dali em diante. Na verdade, mais uma vez, só ela saberia o que fazer por sí propria.
Não se preocupou em recolher as tristezas, mágoas ou seja lá o que tenha deixado naquele lugar, pôs-se de volta para casa em passos calmos e sem pressa. Observou cada metro quadrado que sua agonia em minutos antes não a deixara ver. Cada folha caída pelo outono rígido, cada tronco, cada brisa, cada gota da fina chuva que começava a cair por sobre sua cabeça significava alguma coisa dali em diante. Ou pra sempre, ou por um longo prazo.

after april

E todo esse tempo perdido foi se cicatrizando mês a mês, com o passar do tempo e com minha mente nada lúcida. Doeu e muitas vezes chorei. Outras tantas gritei bem alto palavras toscas que me fizeram chorar mais uma vez. Ele se fora assim como as palavras sem som em minha mente e o rosto dele. Tudo se foi, pouco à pouco. Ora dormente, ora latejando a cicatriz me lembra dele, e eu?! Bom, eu resisto é claro. Mudo de calçada e continuo a caminhada.

04 novembro, 2010

Ciclo

Jogou os rascunhos fora, se desfez dos ensaios feitos em sua mente  um dia antes, aproximou-se em dois passos acanhados e cheios de receio, então pôs-se a dizer palavras emboladas que escorriam de sua boca como água corrente:
-As coisas vão acontecendo num desenrolar de caminhos que parecem cada vez mais se enrolarem.   Não importa que agora eu esteja chorando, morta, introspectiva. É um preço a pagar, e como das outras vezes a sensação vai desaparecer, tanto da dor quanto da felicidade.
Ele a olhou se arrependendo de cada uma das promessas que um dia fizera e agora sabia que nunca se cumpririam. Disse palavras não muito doces, mas que desencadearam lágrimas no rosto frágil e de traços finos da menina:
-É tudo um ciclo, nada mais é paralelo. As histórias se repetem e sempre, sempre, pulam de um fim para um novo começo, não depende mais de nós, não diretamente. Não faça me sentir pior, desculpe-me por algo, ou por tudo.
Ela que recuou um passo e mais que ninguém sabia o que aquilo significava. Apertou bem os olhos para expulsar as lágrimas e então como se fosse o último jato de água que sairia daquela torneira terminou tudo ali, com palavras práticas e rápidas:
-Bom,  tudo passa. Assim como a felicidade, assim como a dor, ISSO TAMBÉM VAI PASSAR.
Assim, de modo rápido, doloroso e com poucas palavras, evaporaram um da vida do outro. Toda uma história, todo um sentimento, naquela tarde evaporava e se juntava às nuvens densas daquela tarde silenciosa.
Sumir, desaparecer, evaporar!




Todos os dias o ciclo se repete, às vezes com mais rapidez, outras mais lentamente.
Caio F.

17 outubro, 2010

do anything


- Não tenho tempo pra mais nada, to super enrolada.
- Sério?! Poxa organiza seu tempo, amiga.
- Não dá, não faço nada de útil, só vejo a hora passar. É super involuntário.
  Acho que vou sair e fazer algo útil. Beijos, tchau.
(horas depois)
-E aí conseguiu fazer algo?
- Não, nadinha de nada. Só deitei, escrevi, li. Não fiz nada de útil como era de se imaginar.


"Falta de tempo é desculpa daqueles que perdem tempo por falta de métodos."
Albert Einstein 



Que me desculpe os organizadores de tempo e metodistas, mas fazer nada é minha especialidade.
Deitar na cama, ouvir algo, ler algo. Sim, é útil.
Meus melhores prazeres se baseam em tirar um dia para organizar tudo. Ficar de meias, moleton e lã, vivendo á base de café, fazendo nada e achar que to fazendo tudo. Esse é meu tudo, desculpa.
E se me perguntarem o que to fazendo eu vou falar na maior certeza de todo mundo: to ocupada.
É fazer nada que me descansa e organiza minha mente. Dormir, ler, escrever, ficar o dia todo na frente da TV nunca prestando atenção de verdade no que ta passando naquele programa idiota de domingo.
Fazer nada é meu grande prazer na vida, mas por favor não me chame de vida-mole ou sei lá que nome vai dar para isso, pois eu faço tudo também.
Organizar a mente é o primeiro passo para algo, mesmo que não se saiba que caminho tomar.


- E aí, ainda ta enrolada com as coisas?
-Não mais, melhorei.
-Ah, que bom! O que você fez?
-Nada
-Então vamos sair?
-Não posso. To ocupada fazendo nada.


14 outubro, 2010

Meninas não tão boas


Se tem algo que posso lhe dizer sobre meninas é que elas são más. 
Se escondem atrás de sorrisos ingênuos, gestos meigos e bochechas rosadas,
mas não pise em seus calos.
Meninas estão sempre em alerta por mais que não pareça.
Menino tolo, cuidado!
Ela chora, faz escândalo e tem seu coração partido em mil pedaços, 
mas esquece tudo depois que absorve todo o aprendizado que poderia
e então se lembra que tem algo a se vingar.

Meninas não são assassinas,  
mas também não são super heroínas em todas as cenas.
Meninas se vingam de garotos cada vez mais se aprimorando

Elas crescem e evoluem,
enquanto os meninos... 
ah os meninos!
Meninas enlouquecem garotos também,
e é só querer.
Tome cuidado,
porque muitas vezes elas querem!

"Procissão de gatos?
a menina vai na frente
levando as sardinhas."
Rosa Clement

27 setembro, 2010

sentimento cor-de-rosa

Acho que já vi essa cena antes.
Na verdade acho que já vi essa cena milhares de vezes.

Começando pela implicância e por morder os lábios e dar um sorriso daqueles. Um sorriso daqueles bem idiotas, daqueles que você não consegue tirar do rosto. Você morde os lábios pela milésima vez e ri alto, sabe que está fazendo papel de idiota, mas não está nem aí.
You're falling in love, girl!
É sempre assim que acontece, e mesmo que saiba que não é a atitude mais inteligente á se tomar você não se importa.
Acho que se apaixonar é a melhor parte de tudo que possa vir depois. Se lembrar de você correndo para casa para poder encontrá-lo na internet, fazer algo mínimo mas que tenha influência daquilo que ele disse na semana passada.
Rir e sempre lembrar da pessoa.
Por mais que não dê em nada, por mais que seja a coisa mais ingênua do mundo, é a melhor coisa também.
É meio parecido como olhar um dia de sol com fones de ouvido tocando um country que lhe acalme, é como ver filme de romance e chorar.
É a coisa mais tola e mais idiota do mundo e é a coisa que mais pode machucar também, mas não importa se for o que seu coração grita ferozmente quando você o vê.
Pensar nele toda hora, sair do seu confortável lugar para procurá-lo no recreio.

Acho que talvez 'amor' seja forte demais, talvez a palavra não caiba bem aí . Acho que esse sentimento não é vermelho, talvez seja rosa claro. É, rosa claro.
É o frio na barriga, o sorriso que não sai da cara e a alegria de estar com ele por mais que não falem nada, é esse o sentimento cor-de-rosa que a Sandy cantava em minha infância incessantemente: EU ACHO QUE PIREI MEUS PÉS SAÍRAM DO CHÃO!

É abstrato e convidativo, e até mesmo misterioso.
E você que sempre se atraiu por esses tipos vai atrás!

Boa viagem, garota!

Auto-suficiência, ou quase isso


Mais uma tarde de sábado na qual se encontrava atrás de um balcão com artigos esportivos cujos nomes decorou por abrigação, mas nunca entendera sua utilidade.
O avental furado de um bege sem vida tapava sua camisa de cor crua que talvez abrigasse o nome de uma banda qualquer, que outras pessoas de sua idade não conheceriam. O cenário e suas vestes transmitiam perfeitamente a mensagem que quem olhasse para seu rosto receberia.
Unhas roídas, cabelos desgrenhados presos em um rabo de cavalo mal feito e  um casaco de moleton, que mais parecia um pijama, amarrados em um cintura de criança.
Algumas ideias em mente, outras tantas em papéis e todas implatadas pela música extremamente alta que berrava de seus fones.
O relógio marcou 4 horas e se não tivesse a observado antes e notado sua total falta de humor, diria que a vi sorrindo. Algumas passadas até a porta acompanhadas por um tropeção na diferença de níveis do chão e alguns minutos gastos enquanto procurava a chave que lhe serveria. Apagou as luzes e pôs o gorro sobre a cabeça, se preparando assim para a caminhada sob a fina neblina que a levaria á sua cama que a esperava ainda desfeita pelo mal humor matinal de quem trabalha aos sábados para sustentar uma vida idependente, ou quase isso.

23 setembro, 2010

a Letícia Falcão


Então tá, você grita um palavrão quando bem entender, ri descontroladamente e manipula seu redor para que aja de acordo com seu humor. Ok, é você que toma conta da sua vida e que arca com as consequências que virá a ter, mas não me faça assistir a isso tudo com um sorriso no rosto, ou sei lá, não sei como seu humor estará amanhã.
O que me incomoda é que você se contradiz; você se contradiz cada vez mais, um dia após o outro. Na terça, preferindo o silêncio e a literatura que te esquenta e na quarta grita idiotices que poderiam me fazer vomitar. Um dia ri de tudo e no outro chora por tudo. Constrói conceitos e os fazem existir mesmo que no dia seguinte os destrua.
Talvez seja verdade: você me enoja!
Então me viro pro outro lado e evito te olhar, não reclamo; nunca disse que teria que mudar. Mas agora não me venha ser hipócrita e gritar que eu não posso xingar um palavrão quando eu bem entender, até mesmo porque eu posso!

Mas então você me chega na terça e se mostra calma. Me sento ao seu lado sob a luz de um sol matinal que luta contra as nuvens densas e então te ouço. Respondo quando necessário ou não respondo quando não sei o que dizer,  mas eu ouço cada palavra.
Acaba o dia e me sinto feliz por hoje ter sido assim, mas também penso em amanhã e me lembro que não é terça nem quarta, é só mais um dia daqueles nos quais espero sua ação e, diretamente dependente de tal, controlo minha reação.

Talvez seja mesmo uma caixa de pandora e toda essa minha revolta passe ao fim dos textos que escrevo, mas é que você me irrita!


Até a sexta ;*




à propósito: any nonsense, blog da Letícia.

a rain wednesday

Fim de tarde, e a chuva a pegava de surpresa.
Para atravessar agosto precisava de fé, e para dezembro de um guarda-chuva.
Atravessava a velha rua onde fora criada, mas ao seu redor a dimensão de tudo havia mudado. Talvez tivesse mesmo crescido consideravelmente desde o último ano que estivera ali.
A rua conhecida lhe possibitava entrar em devaneios enquanto caminhava até seu destino.
Em sua cabeça rolava um calmo som country que lhe tranquilizava e lhe proporcionava cenas de um filme estrangeiro que nunca viu.
Foi quando olhou para sua velha casa e a casa de seus vizinhos. O que fizeram com aquele lugar que o tornava tão sem vida e calmo agora?
Lembranças de uma infância feliz lhe veio a cabeça, afinal ela sempre fora tão feliz ali.
Tirou os sapatos e lhe permitiu um pouco de ousadia, sentia o chão no qual tantas outras vezes caiu com sua velha bicicleta de um personagem de desenho animado que não lembrava o nome.
Chovia porém o céu permanecia com um sol radiante, ela lembrava de como era bom ser criança e não se preocupar com que roupa usar ou em que estado se encontrava. Lembrou que até os oito anos nunca teve uma calça jeans como as outras meninas e se comprometeu a agradecer por isso a sua mãe assim que a visse.
Ela não queria mais se proteger da chuva, agora aquele mal humor de quarta-feira não mais lhe comandava, perdera a vez para a nostalgia evidente que aquele lugar lhe proporcionava.
Fechou os olhos e tirou os sapatos, saiu correndo sem se preocupar com o que achariam daquela adulta com sapatos altos e pastas na mão que lhe entregariam a uma vida monótona de responsabilidade e cobranças.

Ela só queria sentir a chuva e o cheiro que ela proporcionava ao chão de terra no jardim da vizinhança, só.

09 setembro, 2010

Adultecer



Eu não deixei de brincar na rua porque não queria mais, mas sim porque chegava cansada da escola. Corria muito lá e o pique na hora da saída sempre me deixava sem fôlego.
Não deixei de brincar de pique na hora da saída para correr para casa, jogar a mochila em um canto qualquer e brincar na rua, o que aconteceu foi que a mochila se encheu de livros e como num passe de mágica minha cabeça se encheu de novas informações construídoras de conceitos e outras muitas á conceituar.
Não deixei de rir das piadas, só aprendi a filtrar mais minha atenção e prioridade.
Não deixei de contar piadas, as guardei para uma hora mais propícia.

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É, talvez eu tenha mesmo mudado nesses ultimos anos. O pior é que eu não vi!
Não percebi o tempo correndo e meus brinquedos serem doados para novas gerações.
Talvez eu devesse ter aproveitado mais o tempo que não vi que tive.
Mas o que acontece é que eu não perdi, eu não deixei esse tempo escapar pelos meus dedos, até porque eu o aproveitei o máximo que pude.
Tudo o que aconteceu foi inevitável. Cresci, esvaziei as prateleiras que antes suportavam ursos de pelúcia e os substitui por livros.
Não me julgue culpada, pois não sou.
Eu adulteci, e um dia vocês também adultecerão.
É do verbo 'adultecer' que vem todas essas coisas, do sinônimo de INEVITÁVEL!

29 agosto, 2010

I feel disappear


Chega a noite, por alguns momentos tranquilidade. Tento fazer com que permaneça, mas é como lutar em vão.
Ás vezes caio nas armadilhas e isso só piora tudo.
Não vou dormir, você sempre aparece nos sonhos e acordo chamando seu nome, é sempre assim.
Ontem nostalgia de tudo o que foi tão bom e vi passar sem aproveitar, merda de ressentimento e vontade de um ctrl+z. Lágrimas desceram enquanto me afastava de você sem nem mesmo uma palavra trocar.
Vamos lá, passe dor... PASSA, PASSA !
Me pergunto se isso ainda vai durar muito tempo, o tremor me encomoda.
Eu nunca te entendi, nem mesmo quando você era a meu favor e não vai ser agora que eu vou entender alguma coisa.
Não resisti, fui lá falei demais, fui idiota, a raiva passou e nada além de um pedido de desculpa e um breve tchau vingaram, com algum sentimento revoltado é mais facil.

ok, não tenho mais palavras, não sei mais como utilizá-las e não sei mais o que escrever.
Ás vezes me sinto desaparecer

17 agosto, 2010

Talvez

Já comecei textos como esse muitas vezes, e todas as vezes desisti deles.
Talvez me faltasse inspiração, talvez eu devesse mesmo deitar sob o céu estrelado com uma folha de papel amassada e uma caneta bem velha com histórias para contar, mas talvez eu só devesse esperar quebrar minha cara novamente, ou quase isso.
Talvez eu devesse decidir ser menos boazinha demais e  então arriscar mais, ou fazer algo por puro prazer não importando a quem machuque. Talvez eu não devesse escrever isso aqui e deixar que saiba do que se passa na minha cabeça.
Mas o problema sempre foi que eu falo demais e me expresso demais, e talvez até mesmo eu ame demais. Talvez eu exagere demais também, não sei dizer porque eu também fantasio demais.
Acredito no que as pessoas dizem e então quando elas me mostram o contrário arrumo outras pessoas para me iludirem. Não sei bem se é a maneira mais certa de sobreviver a isso tudo, mas de certa forma me sinto bem. Nem que seja enquanto estou iludida com falsos bonzinhos.
Talvez seja dificil mesmo ser bonzinho demais e eu não devesse me prender á isso, mas a verdade é que eu não me prendo. Sou presa, é tudo o que sei.
Talvez meus principios estejam ultrapassados e tenham se tornados retrógrados com isso tudo que vem acontecendo nowadays.
Nunca vai existir alguém bonzinho a ponto de ser perfeito ou algo do tipo, porque eles sempre podem escolher generalizar e você sabe a quem pertece a maioria.
Talvez eu esteja fazendo isso nesse exato momento e  generalizando tudo, mas é que eu não posso julgar a quem faz isso. Talvez  mais uma vez seja instintivo, como todo o resto. Talvez.
Mas se tem algo que venho aprendendo sem saber classificar como bom ou mal, como normalmente (e instintivamente) faço, é que o "talvez" nunca me levou a lugar algum.  E não me importo mais se ele me levar a ruina (mesmo que eu saiba que me importo sim), pois é de lá que tiro as melhores histórias -as vezes- nada reais que conto aqui.
Se é verdade ou não?! Pois é, você nunca vai saber.

30 julho, 2010

a Thiago Duarte

Eu deveria ir dormir agora, já são 02:25, mas não vou sem antes escrever algo descente para você.
Hoje eu lembrei que eu tenho o melhor amigo do mundo e constatei que o mais fiel também.
Achei uma pergunta numa conta sua num site de relacionamentos que dizia que era para você me esquecer, e você todo fofo como sempre respondeu "Esquece de respirar então :) tem como ? não".
O que mais me surpreendeu nisso não foi sua resposta, porque eu sei o amigo que eu tenho. Mas foi a pergunta.
Confesso que eu sempre acho que você já me esqueceu e que nem liga mais para mim, mas desfiz essa ideia com essa pessoa que quis ser desagradável porém causou efeito contrário em mim.
Acho que nunca fui tão longe com uma amizade como acontece com a nossa. É tão bom poder lembrar que aquele menino gordinho na porta da escola com o boné do Vasco está tão perto de mim ainda hoje.
ISSO NÃO TEM PREÇO.
Acho que nunca briguei com um amigo e fiquei tão mal quanto um dia já fiquei quando briguei com você.
Acho também que nunca dei meu braço á torcer como naquele dia na praça olímpica que eu te chamei pro canto e fizemos as pazes por uma briga que na verdade não aconteceu, e que era só eu sentindo ciumes de meu amigo porque ele começou a namorar e não me contou. Para quem lê isso acha que eu ainda não estou de tudo errada, mas quem conhece ele sabe que ele não contou porque ele estava preocupado com a minha reação e esperava um momento mais oportuno.
E nada melhor que no final, depois de pedir desculpas, ouvir que ele também sentia ciúmes de você com aquele seu novo amigo.
Nada melhor que encontrar um amigo na porta do shopping e dar um abraço que vale por todo uma eternidade.
Nada melhor que, com saudades, entrar no formspring dele e ver, que mesmo com tanto tempo sem se verem e se falarem ele ainda usa o termo 'melhor amiga' para você.
Acho que um ano e meio sem se ver direito poderia acabar com a amizade de qualquer um, but something keep us together.
E talvez eu não dê a merecida atenção á essa coisa, ou á essa pessoa que está sempre de braços abertos para mim e que sempre me gira loucamente onde quer que eu esteja, conservando velhas tradições de uma amizade que parece imortal.
Eu só queria agradecer, mas acho impossível escrever como eu me sinto quando me lembro de tudo o que vivemos até aqui. (02:54)



 







Ps.: Sim, a TPM me deixa chorona e sentimentalista, mas eu  não retiro nada do que eu disse.

17 julho, 2010

I hate you, guy

Odeio o jeito como me irrita e as piadas que conta.
Odeio suas mudanças de humor repentinas e como sofro com elas;
odeio quando você me faz sorrir quando quero ficar séria;
odeio o modo como me faz lembrar de você a cada um passo.
Odeio quando rouba nas brincadeiras e sempre diz que sou chata
Odeio quando me faz chorar também.
Odeio quando você está perto demais,
porém odeio mais ainda quando você está longe de mais.
Odeio não saber como agir em relação a você,
e odeio quando você não age.
Odeio seu comodismo e  como é diferente pessoalmente.
Odeio esse seu senso idiota e babaca de humor
mas odeio mais ainda rir dele.
Odeio quando me ignora,
e odeio o fato de não saber te ignorar.
Odeio quando você não vem falar comigo,
e odeio mais ainda não saber controlar o impulso de ir eu mesma.
Odeio você de variadas formas e diferentes estilos,
odeio como você fala e escreve,
odeio como não fala e quando não escreve;
Odeio tantas coisas em você e deve ser por isso que te amar deve ser mais fácil que odiar.



15 julho, 2010

when words are not necessary



O vento me lembrou que já era hora, levantei-me de meu lugar querendo criar coragem para passar na frente de todas aquelas pessoas, concentrando-me em meus pés e pedindo para que eles não me atrapalhassem. Aah como eu queria me tornar invísivel agora.
Passei por todos discretamente, ou pelo menos o mais discreto que pude. subi os incontáveis degraus esperando realmente que o céu não me desapontasse e que o tão esperado eclipse lunar estivesse lá, esperando por mim para começar seu espetáculo.
Debrucei-me sobre o muro que lá havia e esperei que o espetáculo começasse. Lá não havia ninguém e o frio predominava, umvento frio e repentino me pegou de guarda-baixa dando um leve e congelante toque em meu pescoço.
Me concentrei no céu e em meus devaneios entrava  quando tive a impressão de ver uma pessoa passar pela porta, e então com um olhar cuidadoso voltei a olhar e não havia nada. Minha coluna se arrepiou de novo, agora não sabia se tinha sido pelo vento frio ou por medo da minha imaginação fértil.
Virei-me novamente para as estrelas, mas resolvi verificar mais uma vez, sempre fui tão covarde... E então vi a imagem dele ali, meu coração gelou instantaneamente, minha mente vagou á procura de um comprimento decente, mas não havia nada ali dentro. Tentei sibilar alguma coisa que nem eu mesma entendi, mas desisti quando percebi que ele dera mais um passo.
Agora a luz de uma porta entreaberta iluminava seu rosto, ele ergueu a boca como se fosse pronunciar algo, mas havia uma confusão expressa em seu olhar; e eu permanecia ali calada e imóvel, ouvindo meu coração bater ferozmente e pedindo aos céus que ele não pudesse ouvir também.
Então ele desistiu de suas palavras não ditas e expirou com um sorriso enorme, como se também estivesse surpreso, não por eu estar ali, mas por ele estar.

CONTINUA

07 julho, 2010

Pipoca, refrigerante e um roteiro idiota

30/06/2010


Na sala escura o filme me aparentava só imagens, ás vezes dava para ouvir alguns soluços causados pelos choros alheios.
Por alguns longos minutos a vontade de sair daquela sala era quase inevitável, só perdia pelo medo de não conseguir me erguer ali e sair mais desajeitada que o normal.
Á vezes fechava os olhos, e ouvia lá no fundo os soluços, os comentários... Talvez se eu me concentrasse um pouco mais poderia ouvir as respirações ofegantes em desintonia também.
Eu esperava mais do filme, Mais da história. E mais de mim mesma perante aquilo.
Em certas partes algumas lágrimas rolavam, mas eu as controlá-va com tamanha facilidade, o pior de estar ali era o tremor que teimava em não abandonar meu corpo. Não dava para controlar aquilo, aquilo não.
Ok, agora não aguento mais. Fecho os olhos por longos minutos, muitas vezes sem nem mesmo me preocupar em ouvir algo. A maldita cãibra me prendia ali, mas é claro que algo inusitado teria que acontecer. Cãibra em pleno filme.
Chegou a parte em que eu choro, a parte na qual todas odeiam e, mesmo não sendo pelo mesmo motivo, eu também!
O mocinho apaixonado já não me chama atenção alguma, a mocinha me trás a sensação de raiva, e o que talvez deveria ser o antagonista,  o que atrapalha tudo, é o único que me faz realmente sorrir e até mesmo estar ali além dos motivos físicos.
As meninas histéricas mastigam suas pipocas transmitindo um som não muito confortante e vaia o que elas acham errado na trama, eu discordo plenamente de todas suas opiniões. Me pergunto se ele é realmente "o vilão", "o monstro", mas paro por ali mesmo, ele não é monstro algum, elas que são fúteis demais e ainda não aprenderam mastigar com a boca fechada.
Chegou o fim, a mocinha idiota então resolve dizer que o ama; ela esperou ele quase morrer! Se eu pudesse dava um murro nela agora mesmo .
Presto um pouco mais de atenção, então ele pede um tempo. E como se fosse num passe de mágica a tela escurece e a próxima cena é o lindo casal das meninas fúteis e então o filme acaba.
Me pergunto se eles vão esquecer mesmo o "meu mocinho" ali, e a resposta é mais que óbvia: Sim! Aliás, já esqueceram.


Volto para casa em silêncio com os olhos irritados pelas lágrimas que só eu derramei.
Deito e durmo.
Acordo com dores no corpo, agora me sinto como o "falso monstro": 
quebrado na cama e querendo um tempo disso tudo.
É, as coisas são mais fáceis com um roteiro á seguir.

28 junho, 2010

save me

Dor de cabeça, é meia noite e amanhã começam as provas bimestrais.
To cansada por fora, mas por dentro reprimo a vontade de dormir, os sonhos me fazem lembrar você logo pela manhã e se eu acordar atrasada espero estar ocupada demais para pensar em você. Lá no fundo sei que não, mas não custa tentar.

Voltei á ler um velho livro, não me faz exatamente bem, mas ocupa algum tempo.
Na verdade é tudo em vão,  as coisas só pioram.
Por fora a insanidade começa a perder sua melhor máscara e revelar-se.

Não sei que dia é, as horas muito menos.
O tempo parou, congelou acho que as palavras bonitas que saiam da minha boca também, tá dificil escrever algo decente aqui.
Os dias estão se passando e fico mais introspectiva conforme a batida do ponteiro do segundos.

Diga-me alguma coisa, faça-me te odiar por favor, eu suplico faça-me te odiar.
Eu já não tenho forças para permanecer calada, FAÇA-ME TE ODIAR ou mata-me de uma vez.
Faça-me não querer pensar mais em você nem que para isso tenha que mentir ser alguém que não é e fazer coisas que não faria.
Não é mais um capricho, é o que eu necessito agora.


Se ainda sobrar alguma consideração, FAÇA-ME TE ODIAR !

26 junho, 2010

Enigmas do Tempo

Um trabalho bimestral "frustrado".





Ps.: De repente*
Ps².: Ana*

24 junho, 2010

per strada


Por: um amigo 

      Hoje eu tentei tirar todas as minhas dúvidas sobre a vida, e pensei em dizer aqui qual seria minha definição sobre os sentimentos dentro de um corpo humano, mas minhas palavras são vãs aos sentimentos que correm dentro de mim, me fazendo lembrar um vento fino e frio. Ao voltar para casa, tinha em minha mente apenas uma pessoa, apenas um lindo rosto angelical e um olhar marcante ao mesmo tempo doce.
A cada passo que eu dava, sentia meu coração batendo em um ritmo contínuo, estaria meu coração batendo na mesma freqüência que o dela?  Perguntas bobas como estas me vieram à cabeça, onde sem muito espaço para as tais, aquele rosto lindo e suave com um sorriso esplêndido, que me fazia perder o fôlego e que não me deixava pensar em mais nada, a não ser em cada momento que os seus lindos olhos encontraram os meus, sinto me culpado por não ter a coragem de nestes momentos ter permanecido intacto, admirando o mais lindo de todos os tons de verde que fazem seu olhar tão perfeito.


Tive muito tempo pra pensar sobre tudo isso, afinal uns 3 quilômetros me esperavam para percorrer. ..

Here we go again

Bom, uma hora temos que voltar e resolver mal entendidos, ou não, as coisas nunca se resolvem como gostaríamos mesmo.

I'm back, I'M HERE NOW !

Com algumas ideias, algumas duvidas.



- inconstante como sempre, como todos nós somos lá no fundo -

06 junho, 2010

Postagem de volto logo



Nos últimos dias ando sem inspiração, e tenho uma tese para isso, vou explicar....

É como se minha alma não estivesse em mim todo o tempo, é quase como se eu só estivesse viva quando sinto realmente algo, e quando não há nada eu estou oca, é como se eu perdesse minha alma depois de descobrir que tudo aquilo que me deu inspiração fora um sonho ou uma ilusão, é quase assim.
Minha alma anda por perto, as vezes sinto ela querendo entrar em meu corpo, mas parece que minha mente causa um bloqueio. Já cheguei a pensar em deixar a dor me corroer, minha alma estaria ferida porém ainda estaria dentro de mim, afinal eu sentia algo; desisti da ideia, ''dor é para os fracos''. Eu não sinto mais nada, e isso é tremendamente ruim.
Me bani também das lágrimas, é como se minha alma as tivesse levado para longe junto com toda a sensibilidade que um dia poderia ter.

Eu acho que agora sou somente corpo e uma mente que não funciona como deveria, ainda há ideias, pensamentos nela, porém nada que lhe motive á seguir com o que imagina.
Mas isso não é novidade para mim, parei de escrever da ultima vez pela mesma causa, só que agora essa depressão veio antes, eu não a esperava, mas ela simplesmente chegou e dominou tudo.

Bom, não me julgue mal se me ver feliz por aí qualquer dia desses, eu realmente estou fingindo minha felicidade... E mesmo que mentir para si mesmo seja a maior mentira como já disse o sábio Renato Russo, é o que eu tenho por enquanto.

Vamos lá, esperar que algo venha de novo e me dê inspiração, pois ISSO já rendeu bastante, e eu só tenho a agradecer, esperando uma nova quebrança facial e pondo 'ausente' no status.


Desculpem-me por isso.

27 maio, 2010

Wind

Hoje no ponto do ônibus, voltando da escola e vegetando comecei á rir sozinha.
O vento estava forte, brincava com uma mecha solta do meu cabelo e fazia algumas folhas secas rodarem em círculos .
Ri quando isso parecia impossível, passei o dia escondendo da minha mente coisas que não queria lembrar, por covardia talvez... Passei um dia nublado e chuvoso com poucos raios de sol encenando para meus amigos a minha sanidade, porém o vento me fez rir.
O vento, BAH! Aquela coisa invisível que só percebemos sua presença quando nos incomoda, como no caso daquele mecha em que o vento teimava brincar incessantemente.
E portanto me proporcionou um sorriso num dia nublado.

São coisas invísiveis que passam por nós todos os dias de nossas vidas e que simplesmente ignoramos por falta de tempo, irritação ou sabe lá Deus o motivo.
São essas coisas simples que lhe arrancam um sorriso quando lhe parece que nada mais é engraçado ou capaz de te fazer sorrir.

O vento soprando, a mecha sacudindo e um sorriso quando tudo parecia perdido...
Um amigo, algumas risadas e o dia está salvo.

Agora a mecha está presa em um novo rabo de cavalo, amanhã vou soltá-la e deixar que o vento a toque novamente. Agora eu sei que, mesmo que invisível, ele está ali; esperando por uma oportunidade de arrancar-me um sorriso e me fazer emitir raios solares numa tarde nublada enquanto volto de meu dia de aula calado e introspectivo.


26 maio, 2010

É preciso ficar na dúvida

Sabe, as escolhas são muito importantes...
Ontem ouvi uma frase na novela que dizia que quando você esta dividida entre duas coisas você realmente só tem uma delas quando escolhe.
Tem uma frase também no filme 'amor além da vida' que diz que 'ás vezes quando você perde. Você ganha'.
Eu verdadeiramente não sei se concordo com a primeira, mas me fez pensar.
Já a segunda eu tenho certeza.

Já fiz muitas escolhas, já escolhi entre sorvete de morango, chocolate e creme. Já pus vendedoras em curto circuito, já fiz besteiras com escolhas erradas, e me lamentei depois.
Já fechei meus olhos com força e pedi que pudesse dar um 'ctrl z' em várias coisas.
Esses dias, eu comentei com minhas amigas que eu tenho estado satisfeita com minhas escolhas. E eu realmente estou orgulhosa de mim mesma.
Nos últimos dias eu pensei seriamente sobre algo e tomei uma decisão. Eu precisaria ser forte nela, eu acreditava que depois de algum tempo eu faria isso com mais convicção. Não sei se isso daria certo, mas era o que eu achava certo á fazer.
Mas hoje alguma coisa, que eu não sei dizer da onde veio, me fez pensar na possibilidade de mudar o rumo da minha decisão.
O principal dela estaria sendo mudado, porém os fins não
seriam alterados.
Então nada na minha cabeça fez mais sentido, eu teria que continuar com a minha palavra, seria covarde voltar atrás e mudar só porque estaria mais comodo para mim.
Então me veio uma frase de um post de um blog conhecido em mente: "É preciso ficar na dúvida, mas é necessário resolver-se.''

Bom, ainda não sei o que fazer em relação á isso tudo .
Hoje decidi que vou deixar um pouco as águas rolarem, e me preocupar um pouco menos.
De certo minha cabeça não estará mais do que alguns pensamentos longes, porém vou permitir-me um pouco de ousadia.

24 maio, 2010

Mudanças conformistas

Fugimos da realidade nos abrigando em atos imaturos e imbecis.
Procuramos crescer,
logo mais procuramos fugir da dor.

Nunca nos prendendo em uma única decisão.
A vida muda conforme o conformismo.


23 maio, 2010

HUMANITY

A guerra é o mal supremo da sociedade atual.
Tratam-se como lixo. (tratam-nos como lixo)
A vida perdeu seu valor e agora só se tratam de cadáveres.
É tudo culpa da questão do orgulho, só que dessa vez foi multiplicado por toda uma nação.
Destruímos á nós próprios pensando destruir o mal.
Não há mais certo e errado nesta luta
Não há mais quem ganhe
Nesta luta todos perdemos
A arte de guerrear nunca fora arte
Foi apenas o desejo de matança e terras
mera burrice

HUMANIDADE

“A guerra é a fúria dos governantes contra
suas próprias ideologia

Michael Moore

19 maio, 2010

Uma carta de despedida

"Oi, eu estou aqui mais uma vez ocupando seu tempo, mas não sei como eu faço para deixar de pensar em você.

Estou aqui para uma despedida, da ultima vez acho que falei tudo o que eu tinha para falar com a cabeça quente, estou muito orgulhosa de mim por isso, eu normalmente deixo tantas coisas a serem ditas e nunca tenho coragem. Dessa vez eu tive.
Sabe, todo esse tempo com você foi maravilhoso, e mesmo que não tenha sido realmente algo concreto foi construido fortemente no abstrato.
Eu, agora que já expus toda a minha revolta com a situação, queria agradecer por me proporcionar isso. Não arevolta, é claro, mas tudo que aconteceu nesse meio tempo.
Sabe eu aprendi várias piadas novas, aprendi também como lidar com bobos como você. Nesse meio tempo você me proporcionou várias gargalhadas, agradeço por isso também. E passando para o lado que mais nos comprometeu, eu agradeço por ter me dado de volta uma esperança que eu achava que nunca mais teria. Agradeço por você ter me alegrado em todas aqueles dias, agradeço por fazer piada com meu tamanho e com meus erros de digitação.
Quero lhe agradecer também por ser tão legal e me ouvir quando eu falava merdas ou então quando eu estava tão chata que nem eu mesma aguentava. Nessa lista também entra as vezes em que você viu que eu estava irritada e tentou me fazer rir pelo menos uma vez antes de ir dormir triste.
Tenho tanto á agradecer á você.
Mas quero também que você saiba que já estou bem e que me recuperei desta, só não posso arriscar meu auto-controle e te ter perto demais,é que o buraco ainda dói as vezes e isso quer dizer que ainda não foi totalmente cicatrizado (por enquanto). Desta forma acho melhor dá mais tempo ao tempo, preciso de SOME TIME para somethings.

A cicatriz vai bem sabe?! Só sói as vezes, mas essa dor é até boa. Quer dizer que ainda restaram lembranças. Esse é outro assunto polêmico, eu não sei se devo guardá-las ou deletá-las. To pensando sobre isso ainda, por enquanto acho que vou deixá-las guardadas embaixo do assoalho.
Ás vezes me vem uma súbita vontade de ir ali e conversar com você, ver como você está. Mas não posso, faz parte do meu auto-controle.
Não sei se um dia poderemos ser amigos, eu tenho grande medo de confundir as coisas, sabe?!
Mas eu queria, muito muito mesmo, mas é como eu disse, eu não posso arriscar uma recaída, seria estupidez á essa altura do campeonato.

Eu não sei se um dia você vai ler essa carta, e se quando lê tudo já estará resolvido ou esquecido.
Só queria ter a oportunidade de agradecer por coisas, talvez tão simples para você, mas que causaram meus melhores sorrisos durantes esses 8 meses."



A carta escrita em uma folha de papel foi dobrada 2 vezes impecavelmente e teve uma borrifada do perfume que já era conhecido, tinha bem no meio dela um fio de cabelo um dia achado em meio alguns objetos pessoais.
Hoje, não sabemos se essa carta um dia foi lida, porém todos que um dia já leram se emocionaram e prestaram mais atenção no assoalho e nas coisas que poderiam estar escondidas por lá, esperando serem descobertas...

I Caught Myself

Falem o que quiser, mas eu amo a saga e a música.
and this is irreversível

11 maio, 2010

Atração

Você está tão perto, meu corpo manda estímulos para encostar em tua pele.
E eu, é claro, os controlo.
Agora meus olhos não te veêm apenas com elogios, quero te encostar sentir o calor de tua pele. Quero saber minha reação e a tua.
Quero sentir sua respiração e ver o quão ofegante a minha fica.
Queria por um simples momento sentir teu coração bater, queria ver de perto tuas bochechas acentuadas enrubescerem, mas é algo tão longe do real.

Você não me pertence, seria errado de minha parte tentar.

Eu tremo e não consigo ficar perto de mais, seu cheiro, seus movimentos... São como de um predator que atrai a presa.
Seguro meu tremor e finalmente o contro-lo, é dificil admito, mas consegui de novo.
Olho em teus olhos enquanto estás em devaneios, estudo seu rosto - ele sempre fora bonito assim ou o hoje esta mais que o normal?- Seguro-me novamente, 'NÃO POSSO' repito para mim mesma, 'esta além de seu querer imaturo', 'contenha-se'.

Os estímulos aumentam e tudo o que anceio é tocar tua pele e sentir teu calor, mesmo que por frações de segundo. Mesmo que logo depois a lucidez me diga que fui estupida, eu necessito disso.

E então tu me olhas, daria o mundo para saber o que se passa em tua cabeça nesta hora. Mudo meu olhar do jeito mais teatral que posso e inconscientemente coro.
'Ta na hora da lucidez chegar' penso ofegante, 'não podes arriscar o que não lhe é certo'...

A Letter


Tive tanto medo, medo de me precipitar e dizer 'eu te amo' cedo demais.
Tive medo de fazer algo errado e por isso deixei de fazer.
Tive medo de te perder e eu perdi.


Esperei tanto tempo. Esperei ter certeza do que sentia, esperei o tempo certo.
A certeza chegou, mas chegou quando eu já não tinha mais você.
POR QUÊ? Porque você esperou eu ter certeza de que te amava para me deixar sem chão?
Antes, antes de ter certeza sonho com você eram raros, os pensamentos já eram á todo momento, mas não tão profundo quanto agora. Sonho com você todos os dias, a cada palavra lembro-me de suas besteiras faladas, de seu senso de humor único e especial.
O mundo hoje só gira em volta de ti, mas você não está mais ali. Há um vácuo, um espaço vazio, AR!
Foi tudo tão rápido, num momento você estava lá, dizendo entre linhas o que eu mais queria ouvir neste momento. Deixava-me louca com os subentendidos, me fazia ir longe.
Parece que fui longe demais, e você soube frear. Quem dera eu tivesse essa sorte.
Agora to aqui, escrevendo coisas para mim mesma, chorando ao ouvir coisas nossas, nossos papos mongóis. COMO ISSO ME FAZIA BEM.
As frases que me dizia sei de cor, elas me fazem arrepiar e gotas de água salgadas escorrerem pelo meu rosto.
Estou aqui sofrendo e tendo a certeza que te amo, do que me vale isso agora?
É como se tivessem me tirado algo que me mantivesse viva.
Eu tenho segurado as lágrimas e tentado ao máximo não demonstrar emoção, mas é que as vezes escapa.

Me desculpa por isso.

08 maio, 2010

Lost and, maybe, not found

“Você não pode simplesmente fazer algo por fazer; tudo tem suas consequências”
Lei de Murphy


Ás vezes só percebemos que perdemos algo quando já é tarde demais.
Perdemos amizades, amores, laços que pensávamos serem fortes o suficiente para toda uma vida, ou para todo um longo prazo.
Ás vezes por mera burrice, ás vezes por acontecimentos do destino, e ás vezes também por escolhas erradas.
As alternativas são tantas, e nunca temos certeza absoluta do que queremos.
Ás vezes por medo do que pode vir nos consolamos em ficar sempre na mesma. É uma atitude covarde mas é o que tem funcionado, pelo menos de forma regular, até agora. E EU ODEIO ISSO COM TAMANHAS FORÇAS!
Covardia é tão idiota, mas não é exatamente uma escolha.
Ás vezes quando percebemos que nossa escolha foi errada já é tarde demais para voltar atrás e reparar os erros.

A perda esta aí, bem em baixo do seu nariz.
Ás vezes a perda é algo insignificante. Ás vezes é algo até significante mas que passa, é esquecido com o ciclo vicioso do tempo, mas e os que são inesquecíveis? E as perdas que nos causam buracos lá no coração, que nos arrancam pedaços e nos causa dor?
Essas são as perdas que me faz pensar nas escolhas, e mesmo assim erro, como todos os outros.
Alguns arriscam dizer que o tempo irá curar e cicatrizar a possível perda, mas também pode apenas deixar dormente, e á qualquer movimento brusco voltar á latejar, á doer... Á fazer falta.

Talvez seja simples conquistar o que perdestes, mas nem sempre estas coisas estão esperando por você, esperando você tomar uma atitude que fale por si mesmo, esperando ter mais uma chance para acreditar que você pensou melhor e a escolheu. Esperando chances para criar o universo desfeito por você próprio... Esperando você errar de novo, ou talvez não.
Ninguém sabe.

06 maio, 2010

Tempo




"O tempo passa. Mesmo quando isso parece impossível. Mesmo quando cada batida do ponteiro dos segundos dói como o sangue pulsando sob um hematoma. Passa de modo inconstante, com guinadas estranhas e calmarias arrastadoras, mas passa. Até para mim”
- Lua Nova

“O tempo é relativo” – já ouvi essas palavras muitas vezes, até mesmo com ordem diferente, porém com o mesmo significado. –
O tempo é relativo á idade, á mente, mais o que?
Para mim o tempo á muito tempo deixou de ser relativo, mesmo não sabendo o real sentido da palavra. Para mim, indivíduo, o tempo não é nada mais que a marcação dos anos, dias, horas...
Algo que nos estimula a guardar lembranças, nem sempre boas.
Dispensável e vicioso!

02 maio, 2010

So much for my happy ending ?

É incrivel como essas coisas do coração tem tanto poder sobre nós garotas. Eu por exemplo sou uma bobona que quando me apaixono vejo flores e pássaros cantando, mas acho que não sou uma excessão, não mesmo!
Mas apaixonar-se é tão bom, tão bom, que até digo que quando quebro a cara eu não fico ressentida. EU SEMPRE QUEBRO A CARA, é inacribilivibou D:
Uma dessas minhas "quebranças faciais" durou 3 anos. Sendo que era um amor super não correspondido, não vou hablar muito porque aí dá bad, mas enfim, logo depois que sai desses 3 anos de fossa eu fiquei muito mal. Parecia que nunca sentiria o que senti por essa pessoa de novo, e os fatos me comprovavam isso. Foi quando achei alguém perfeito, se não fosse o fato de ser perfeito para outra(s) também.
Me apaixonei, tava feliz da vida, eu sentia de novo aquele frio na barriga. O meu coração gelava e tudo o que eu queria estava tão perto do meu alcance... Acho que não é preciso ser um Chico Xavier da vida para adivinhar que QUEBREI A CARA.
Será que não existe mesmo esse tal de 'final feliz' ? Porque, mais que não acreditamos em contos de fadas, sempre há a procura do principe encantado?
Ás vezes acho que isso é normal, e que não vamos encontrar o amor da nossa vida aos 15/17 anos, mas então porque somos capazes de amar com essa idade? AIAI um dia essa vida ainda me mata! HAHA' eu ri, é claro que um dia ela me mata D:

http://www.youtube.com/watch?v=nwf2qt6BJAQ