30 julho, 2010

a Thiago Duarte

Eu deveria ir dormir agora, já são 02:25, mas não vou sem antes escrever algo descente para você.
Hoje eu lembrei que eu tenho o melhor amigo do mundo e constatei que o mais fiel também.
Achei uma pergunta numa conta sua num site de relacionamentos que dizia que era para você me esquecer, e você todo fofo como sempre respondeu "Esquece de respirar então :) tem como ? não".
O que mais me surpreendeu nisso não foi sua resposta, porque eu sei o amigo que eu tenho. Mas foi a pergunta.
Confesso que eu sempre acho que você já me esqueceu e que nem liga mais para mim, mas desfiz essa ideia com essa pessoa que quis ser desagradável porém causou efeito contrário em mim.
Acho que nunca fui tão longe com uma amizade como acontece com a nossa. É tão bom poder lembrar que aquele menino gordinho na porta da escola com o boné do Vasco está tão perto de mim ainda hoje.
ISSO NÃO TEM PREÇO.
Acho que nunca briguei com um amigo e fiquei tão mal quanto um dia já fiquei quando briguei com você.
Acho também que nunca dei meu braço á torcer como naquele dia na praça olímpica que eu te chamei pro canto e fizemos as pazes por uma briga que na verdade não aconteceu, e que era só eu sentindo ciumes de meu amigo porque ele começou a namorar e não me contou. Para quem lê isso acha que eu ainda não estou de tudo errada, mas quem conhece ele sabe que ele não contou porque ele estava preocupado com a minha reação e esperava um momento mais oportuno.
E nada melhor que no final, depois de pedir desculpas, ouvir que ele também sentia ciúmes de você com aquele seu novo amigo.
Nada melhor que encontrar um amigo na porta do shopping e dar um abraço que vale por todo uma eternidade.
Nada melhor que, com saudades, entrar no formspring dele e ver, que mesmo com tanto tempo sem se verem e se falarem ele ainda usa o termo 'melhor amiga' para você.
Acho que um ano e meio sem se ver direito poderia acabar com a amizade de qualquer um, but something keep us together.
E talvez eu não dê a merecida atenção á essa coisa, ou á essa pessoa que está sempre de braços abertos para mim e que sempre me gira loucamente onde quer que eu esteja, conservando velhas tradições de uma amizade que parece imortal.
Eu só queria agradecer, mas acho impossível escrever como eu me sinto quando me lembro de tudo o que vivemos até aqui. (02:54)



 







Ps.: Sim, a TPM me deixa chorona e sentimentalista, mas eu  não retiro nada do que eu disse.

17 julho, 2010

I hate you, guy

Odeio o jeito como me irrita e as piadas que conta.
Odeio suas mudanças de humor repentinas e como sofro com elas;
odeio quando você me faz sorrir quando quero ficar séria;
odeio o modo como me faz lembrar de você a cada um passo.
Odeio quando rouba nas brincadeiras e sempre diz que sou chata
Odeio quando me faz chorar também.
Odeio quando você está perto demais,
porém odeio mais ainda quando você está longe de mais.
Odeio não saber como agir em relação a você,
e odeio quando você não age.
Odeio seu comodismo e  como é diferente pessoalmente.
Odeio esse seu senso idiota e babaca de humor
mas odeio mais ainda rir dele.
Odeio quando me ignora,
e odeio o fato de não saber te ignorar.
Odeio quando você não vem falar comigo,
e odeio mais ainda não saber controlar o impulso de ir eu mesma.
Odeio você de variadas formas e diferentes estilos,
odeio como você fala e escreve,
odeio como não fala e quando não escreve;
Odeio tantas coisas em você e deve ser por isso que te amar deve ser mais fácil que odiar.



15 julho, 2010

when words are not necessary



O vento me lembrou que já era hora, levantei-me de meu lugar querendo criar coragem para passar na frente de todas aquelas pessoas, concentrando-me em meus pés e pedindo para que eles não me atrapalhassem. Aah como eu queria me tornar invísivel agora.
Passei por todos discretamente, ou pelo menos o mais discreto que pude. subi os incontáveis degraus esperando realmente que o céu não me desapontasse e que o tão esperado eclipse lunar estivesse lá, esperando por mim para começar seu espetáculo.
Debrucei-me sobre o muro que lá havia e esperei que o espetáculo começasse. Lá não havia ninguém e o frio predominava, umvento frio e repentino me pegou de guarda-baixa dando um leve e congelante toque em meu pescoço.
Me concentrei no céu e em meus devaneios entrava  quando tive a impressão de ver uma pessoa passar pela porta, e então com um olhar cuidadoso voltei a olhar e não havia nada. Minha coluna se arrepiou de novo, agora não sabia se tinha sido pelo vento frio ou por medo da minha imaginação fértil.
Virei-me novamente para as estrelas, mas resolvi verificar mais uma vez, sempre fui tão covarde... E então vi a imagem dele ali, meu coração gelou instantaneamente, minha mente vagou á procura de um comprimento decente, mas não havia nada ali dentro. Tentei sibilar alguma coisa que nem eu mesma entendi, mas desisti quando percebi que ele dera mais um passo.
Agora a luz de uma porta entreaberta iluminava seu rosto, ele ergueu a boca como se fosse pronunciar algo, mas havia uma confusão expressa em seu olhar; e eu permanecia ali calada e imóvel, ouvindo meu coração bater ferozmente e pedindo aos céus que ele não pudesse ouvir também.
Então ele desistiu de suas palavras não ditas e expirou com um sorriso enorme, como se também estivesse surpreso, não por eu estar ali, mas por ele estar.

CONTINUA

07 julho, 2010

Pipoca, refrigerante e um roteiro idiota

30/06/2010


Na sala escura o filme me aparentava só imagens, ás vezes dava para ouvir alguns soluços causados pelos choros alheios.
Por alguns longos minutos a vontade de sair daquela sala era quase inevitável, só perdia pelo medo de não conseguir me erguer ali e sair mais desajeitada que o normal.
Á vezes fechava os olhos, e ouvia lá no fundo os soluços, os comentários... Talvez se eu me concentrasse um pouco mais poderia ouvir as respirações ofegantes em desintonia também.
Eu esperava mais do filme, Mais da história. E mais de mim mesma perante aquilo.
Em certas partes algumas lágrimas rolavam, mas eu as controlá-va com tamanha facilidade, o pior de estar ali era o tremor que teimava em não abandonar meu corpo. Não dava para controlar aquilo, aquilo não.
Ok, agora não aguento mais. Fecho os olhos por longos minutos, muitas vezes sem nem mesmo me preocupar em ouvir algo. A maldita cãibra me prendia ali, mas é claro que algo inusitado teria que acontecer. Cãibra em pleno filme.
Chegou a parte em que eu choro, a parte na qual todas odeiam e, mesmo não sendo pelo mesmo motivo, eu também!
O mocinho apaixonado já não me chama atenção alguma, a mocinha me trás a sensação de raiva, e o que talvez deveria ser o antagonista,  o que atrapalha tudo, é o único que me faz realmente sorrir e até mesmo estar ali além dos motivos físicos.
As meninas histéricas mastigam suas pipocas transmitindo um som não muito confortante e vaia o que elas acham errado na trama, eu discordo plenamente de todas suas opiniões. Me pergunto se ele é realmente "o vilão", "o monstro", mas paro por ali mesmo, ele não é monstro algum, elas que são fúteis demais e ainda não aprenderam mastigar com a boca fechada.
Chegou o fim, a mocinha idiota então resolve dizer que o ama; ela esperou ele quase morrer! Se eu pudesse dava um murro nela agora mesmo .
Presto um pouco mais de atenção, então ele pede um tempo. E como se fosse num passe de mágica a tela escurece e a próxima cena é o lindo casal das meninas fúteis e então o filme acaba.
Me pergunto se eles vão esquecer mesmo o "meu mocinho" ali, e a resposta é mais que óbvia: Sim! Aliás, já esqueceram.


Volto para casa em silêncio com os olhos irritados pelas lágrimas que só eu derramei.
Deito e durmo.
Acordo com dores no corpo, agora me sinto como o "falso monstro": 
quebrado na cama e querendo um tempo disso tudo.
É, as coisas são mais fáceis com um roteiro á seguir.