07 julho, 2010

Pipoca, refrigerante e um roteiro idiota

30/06/2010


Na sala escura o filme me aparentava só imagens, ás vezes dava para ouvir alguns soluços causados pelos choros alheios.
Por alguns longos minutos a vontade de sair daquela sala era quase inevitável, só perdia pelo medo de não conseguir me erguer ali e sair mais desajeitada que o normal.
Á vezes fechava os olhos, e ouvia lá no fundo os soluços, os comentários... Talvez se eu me concentrasse um pouco mais poderia ouvir as respirações ofegantes em desintonia também.
Eu esperava mais do filme, Mais da história. E mais de mim mesma perante aquilo.
Em certas partes algumas lágrimas rolavam, mas eu as controlá-va com tamanha facilidade, o pior de estar ali era o tremor que teimava em não abandonar meu corpo. Não dava para controlar aquilo, aquilo não.
Ok, agora não aguento mais. Fecho os olhos por longos minutos, muitas vezes sem nem mesmo me preocupar em ouvir algo. A maldita cãibra me prendia ali, mas é claro que algo inusitado teria que acontecer. Cãibra em pleno filme.
Chegou a parte em que eu choro, a parte na qual todas odeiam e, mesmo não sendo pelo mesmo motivo, eu também!
O mocinho apaixonado já não me chama atenção alguma, a mocinha me trás a sensação de raiva, e o que talvez deveria ser o antagonista,  o que atrapalha tudo, é o único que me faz realmente sorrir e até mesmo estar ali além dos motivos físicos.
As meninas histéricas mastigam suas pipocas transmitindo um som não muito confortante e vaia o que elas acham errado na trama, eu discordo plenamente de todas suas opiniões. Me pergunto se ele é realmente "o vilão", "o monstro", mas paro por ali mesmo, ele não é monstro algum, elas que são fúteis demais e ainda não aprenderam mastigar com a boca fechada.
Chegou o fim, a mocinha idiota então resolve dizer que o ama; ela esperou ele quase morrer! Se eu pudesse dava um murro nela agora mesmo .
Presto um pouco mais de atenção, então ele pede um tempo. E como se fosse num passe de mágica a tela escurece e a próxima cena é o lindo casal das meninas fúteis e então o filme acaba.
Me pergunto se eles vão esquecer mesmo o "meu mocinho" ali, e a resposta é mais que óbvia: Sim! Aliás, já esqueceram.


Volto para casa em silêncio com os olhos irritados pelas lágrimas que só eu derramei.
Deito e durmo.
Acordo com dores no corpo, agora me sinto como o "falso monstro": 
quebrado na cama e querendo um tempo disso tudo.
É, as coisas são mais fáceis com um roteiro á seguir.

3 comentários:

Anônimo disse...

Carol! Poxa seu blog ta mt maneiro q Deus abençoe vc sempreconta com seu amigo aqui bjãoo

Eliza (Biii) disse...

mas qual é o filme afinal?

Caroline Schuenck disse...

Foi a pré-estréia de Eclipse, o terceiro filme da saga Crepúsculo.