25 abril, 2011

( nameless )

Um texto desse tipo, depois de muito tempo sem exercitar.


Eu queria, sabe? Eu queria muito poder abrir uma aba qualquer e começar a escrever. escrever desesperadamente, sabendo por pra fora toda essa minha aflição, descrever os loopings no estômago que tem me acontecido. Eu queria poder saber escrever sobre você e sobre como chegou e mudou os móveis de lugar dessa sua forma sempre muito gentil e delicada de ser.Eu queria poder ver uma caneta e papel e de repente brotar ideias, palavras e emoções em forma de letras. Eu queria poder ter a certeza, eu queria poder entender, planejar ou prever.
É estranho eu não me lembro de ter sentido isso antes. Eu não te tenho e nunca o vi, mas tenho um medo imensurável de te perder, tenho o receio de você me deixar passar. Eu não sei, é estranho como eu já disse, desesperador e assustador até pra mim.
Eu não sei escrever sobre você, e nunca sei prever seus passos. A cada passo meu cerco-me de dúvidas e suspeitas...Tenho medo de pisar em falso, tenho medo desse meu desespero inenarrável causado por quando o vejo longe demais.E seria mais normal se eu tivesse te tido em algum momento, nem que por segundos. Mas o meu mais próximo foi um telefonema.
Eu não consigo ligar sua voz, imagem, palavras e atitudes. Será que tenho problemas com enigmas? Será essa minha mania de querer saber tudo? Ter certeza de tudo?Eu to pirando, e nem ao menos te vi.Eu não consigo pintar seu retrato, encaixar seu sorriso e palavras. O que me diz é sempre tão contraditório.
Se fosse apenas imensurável. Mas não, eu tinha que topar com algo inenarrável no caminho. Logo eu, que tenho mania de descrever tanto, fantasiar tudo. Eu não consigo partir sem uma base, eu posso lidar com o abstrato mas não com o vazio.

2 comentários:

Eliza (Biii) disse...

Brm, vc conseguiu escrever um montão de coisas. E sei que vc sabe o q vou dizer (e eu nunca disse que não era previsível), a sinceridade do vômito é incomparável, mas há que peineirar. Sempre há que.

bjs

Anita. disse...

Só pra vc saber que o meu foi o voto "bom". Se te derem muitos "ótimos" a vaidade te endurece e aí não sai mais nada que preste.