A história me saltou aos olhos de imediato e recomendo a todos lerem o livro que, para a época e a ideia pré concebida de clássico que temos, é super facil de ser lido.
Aqui citarei um fragmento de uma conversa dos amigos de Augusto e o próprio, comentando a inconstância
amorosa do rapaz incorrigível.
"(...)
- E de qual gostarás mais, da pálida, da loura ou da moreninha?...
- Creio que gostarei, principalmente, de todas.
- Ei-lo aí com sua mania.
- Augusto é incorrigível.
- Não, é romântico.
- Nem uma coisa nem outra... é um grandíssimo velhaco.
- Não diz o que sente.
- Não sente o que diz.
- Faz mais do que isso, pois diz o que o que não sente.
-O que quiserem... serei incorrigível, romântico ou velhaco, não digo o que sinto, não sinto o que digo, ou mesmo digo o que não sinto; sou,enfim, mau e perigoso e vocês inocentes e anjinhos. Todavia, eu a ninguém escondo os sentimentos que ainda pouco mostrei, e em toda parte confesso que sou volúvel, inconstante e incapaz de amar três dias um mesmo objeto; verdade seja que nada há mais fácil do que me ouvirem "eu vos amo", mas também a nenhuma pedi ainda que me desse fé, pelo contrário, digo a todas o como sou e,se, apesar de tal, sua vaidade é tanta que se suponham inesquecíveis a culpa,certo, que não é minha. Eis o que faço. E vós, meus caros amigos, que blasonais de firmeza de rochedo, vós que jurais amor eterno cem vezes por ano a cem diversas belezas...Vós sois tanto ou ainda mais inconstantes que eu!... mas entre nós há sempre uma grande diferença: -vós enganais e eu desengano, eu digo a verdade e vós, meus senhores, mentis... [...] A alma que Deus me deu, continuou Algusto, é sensível demais para reter por muito tempo uma mesma impressão. Sou inconstante, mas sou feliz na minha inconstância, porque apaixonando-me tantas vezes, não chego nunca a amar uma vez..."
- Augusto é incorrigível.
- Não, é romântico.
- Nem uma coisa nem outra... é um grandíssimo velhaco.
- Não diz o que sente.
- Não sente o que diz.
- Faz mais do que isso, pois diz o que o que não sente.
-O que quiserem... serei incorrigível, romântico ou velhaco, não digo o que sinto, não sinto o que digo, ou mesmo digo o que não sinto; sou,enfim, mau e perigoso e vocês inocentes e anjinhos. Todavia, eu a ninguém escondo os sentimentos que ainda pouco mostrei, e em toda parte confesso que sou volúvel, inconstante e incapaz de amar três dias um mesmo objeto; verdade seja que nada há mais fácil do que me ouvirem "eu vos amo", mas também a nenhuma pedi ainda que me desse fé, pelo contrário, digo a todas o como sou e,se, apesar de tal, sua vaidade é tanta que se suponham inesquecíveis a culpa,certo, que não é minha. Eis o que faço. E vós, meus caros amigos, que blasonais de firmeza de rochedo, vós que jurais amor eterno cem vezes por ano a cem diversas belezas...Vós sois tanto ou ainda mais inconstantes que eu!... mas entre nós há sempre uma grande diferença: -vós enganais e eu desengano, eu digo a verdade e vós, meus senhores, mentis... [...] A alma que Deus me deu, continuou Algusto, é sensível demais para reter por muito tempo uma mesma impressão. Sou inconstante, mas sou feliz na minha inconstância, porque apaixonando-me tantas vezes, não chego nunca a amar uma vez..."
* Para quem curte ler livros pelo computador, podemos encontrar a obra aqui
Um comentário:
puxa, parece que foi em outra vida que li esse livro... Mas já que vc gostou, já foi à ilha de Paquetá? É onde se passa a história. Tem lá a praia da moreninha e tudo.
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