03 maio, 2011

Blog's B-day

Me pergunto se há algo mais certo pra começar um post falando sobre o meu blog do que citar Caio F. Ah, Caio F! Bendito seja o twitter que nos  apresentou. É como ter minha histórias contada por alguém que soubesse mais dela do que eu prória. Vamos aos fatos...*toda frase em itálico é de autoria dele

Foi em Abril, dirá abril e maio. Ou Setembro, Outubro. Os mais cruéis dos meses. Tanto faz, já não importará depois de tanto tempo. Ou importará? Acho que qualquer  antigo seguidor meu pode lembrar do "some time to think" e seu layout tão emo. Que aliás me rendeu uma imagem melancólica. Não que eu não fosse/seja melancólica. Até porque era o que eu mais era em abril e os meses de inverno dessa minha cidade minúscula e pequena...Fiquei presa a uma história, presa na mania de suspender a máscara de sanidade, presa no vazio gelado.(Lutar em segredo, fechado no quarto, sem que ninguém saiba. Para os outros, mostrar só o melhor de si, a face mais luminosa.)
Longe o suficiente de amigos, estressada o bastante para isolar-me, causa perdida na medida certa pra perder amigos. Foi frio, silencioso e revelador. Doeu, doeu muito. Doeu como nunca  algo havia me machucado, foi uma puta dor! Um puta sentimento, uma puta época. Discretamente, enviei sinais de socorro aos amigos. Ninguém ajudou. Me virei sozinho. Isso me endureceu um pouco mais. Não foi só você, não. Foram também pessoas até mais íntimas, (…) me virei sozinho com enormes dificuldades. Não me lamuriei. Mas preciso que as pessoas saibam que isso doeu — exatamente porque algumas destas pessoas (…) importam para mim.
Quando reaprendi a falar quis conversar com alguém, mas me afastara tanto de todos. Melhorei, não sei como. Acho que o ponta pé inicial foi quando me disseram puras e malvadas verdades na cara, fora um ogro sem dó, mas foi significativo. Desde então descobri o que deveria fazer: supere isso e, se não puder superar, supere o vício de falar a respeito.


Quantos discursos politicamente corretos eu não dei? Quantas mentes eu já não quis fazer acreditar no verdadeiro amor, na bondade das pessoas e em pessoas doces.
Sai procurando razões e textos, palavras paradoxais em cada sentimento cor-de-rosa que encontrei pelo caminho. Não achei. Na verdade, não só não achei como perdi. Perdi o fio da meada.
Me tornei egocêntrica, e me foquei em mim. Me auto-analisei por hobby, foi diferente. Além disso, sou terrivelmente instável e entender minhas reações é coisa que às vezes nem eu mesmo consigo. Percebi como sou previsível e como sou como gostaria de ser ou algo bem próximo. Apaixonei-me por mim mesma. Não foi algo extremamente ruim, nem bom. Foi um tempo de traçar algumas metas, saber do que gosto (café,frio, Inglaterra e música antiga) e o que não suporto (?). Colei aquele “EU TE AMOno espelho. E é pra mim mesma.
Procurei, e continuo na busca, de novos dessas minhas histórias. Algo que me dê mais emoçãoá vida. Ando pacata, e quando surge algo novo fico no desespero do medo de dar errado, ou no desespero daquilo que ainda nãoconsegui nomear. Mas continuo aprendendo com Caio, quem procura não acha. É preciso estar distraído e não esperando absolutamente nada. Não há nada a ser esperado. Nem desesperado.
Vez em quando pinta uma borboleta no estômago e fico cautelosa, pois esse impulso ás vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como 'estou contente outra vez'.
E acontece por final que estou aqui, completando um ano da minha vida de (pseudo)blogueira, com váriados personagens, mas sempre o mesmo tema. E acontece que eu ainda sou babaca, pateta e ridícula o suficiente para estar procurando O verdadeiro amor. Dá pra crer nisso?
 Ela tem muita dúvida como todos têm. Mas nem todos sabem a beleza de saber lidar com a tristeza. Ela sabe. E talvez por isso a tristeza não me repele, e sim inspira. Desde que seja doce já estará valendo a pena ser vivido.
E que todos vocês leiam Caio F,viu?
Feliz aniverário, louca pedinte de help.
Parabéns pra mim!

2 comentários:

Eliza (Biii) disse...

ai ai, até Dama da noite você citou... Continue. Já que hoje é o dia de citar Fernando Sabino: vale a certeza de que é preciso continuar! abs,

Anônimo disse...

Awn que lindo!! Vc escreve muito bem, feliz aniversário "louca pedinte de help"! Espero que vc continue sempre com esse blog que inspira... Sei lá, amor à vida, talvez. Amo seus textos e mesmo quando não comento estou aqui, lendo e pensando... Bjs :*