08 setembro, 2016

Ressaca



Acordei no meio da noite, boca seca, cabeça latejando
Troquei o sofá pela cama, sem ganhar nenhuma fama
Olhos marejados, colchão dividido
No meu peito alimentava-se um grito

Despertei com a insônia de um bêbado
Que sem pretensão buscava consolar um coração
Talvez só o estômago revirado
Por tantos tropeços acumulados

A ressaca é misto de sensações
Ninguém a sofre sem nenhum ganho
Ou a sobrevive sem um belo banho
Balde de água fria, café forte e realidade

Seja de amor, bebida ou mar
Certamente vai doer até passar
Dizem que nada como uma cerveja gelada
Pra equilibrar o álcool e manter de pé a (c)alma

2 comentários:

Anita. disse...

Marquei "ruim" só por incentivo. hihihi

Que bom que vc voltou aqui!

Anônimo disse...

Tinha me esquecido do quanto gosto do seus poemas, N-A-O-~ pare