29 outubro, 2012


Eu te amo, te amo e essa coisa faz pirraça dentro de mim
Amo, e essas palavras se precipitam, saem sem eu deixar, arrombam a porta, fazem escândalo
Amo, tão ferozmente que tua saudade chega a doer fisicamente em mim

Te amo, longe da lucidez e perto da vontade
De um jeito estridente e incontrolável que sai rasgando alma à fora
Te amo, de modo que me fere essa sua distância e me assusta esse meu querer

Amo, como quem ama sem escolha
Amo, sujeito à estupidez e tolice
Amo, como quem brinca com fogo sem saber que queima

E de brincar assim, tão contente e distraída
É que de amores por ti acabo me perdendo dentro da imensidão dessa perda de mim mesma
E se me perco é porque te encontro e nessa perda te faço meu abrigo

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