Talvez eu devesse ir ler, talvez estudar, talvez dobrar as roupas ou as entulhar na gaveta. Talvez eu devesse ir visitar minha vó, ou comprar chocolate. Fazer as unhas, cortar o cabelo, fazer as sobrancelhas ou dormir.
Talvez eu devesse me afastar de tudo o que complico, de tudo do que fujo e cada vez mais me aproximo. Talvez devesse fugir pra muito longe, ou correr pra bem perto e encarar. Talvez qualquer atitude, até antagônica ao certo seria uma atitude mais plausível do que ficar aqui parada, como no final de cada jornada fracassada eu sempre fico, esperando algo se resolver. Porque nada se resolve sozinho, até quando eu sento a bunda na cadeira e espero o tempo ajeitar tudo, e o vento soprar e organizar naturalmente as coisas, é uma escolha que faço. A escolha de se acovardar e fingir que não é comigo, que é só como a corrente vai levando as coisas. Como se não escolher já não fosse a escolha de abrir mão de fazer do seu jeito, sabendo-se lá (ou não) como seria algo do seu jeito.
Sério que deixando passar, ou lutando, ou escolhendo, ou analisando.. Sério que tanto faz, eu vou sempre acabar patética, com uma tempestade dentro de mim, com borboletas que no estômago apodrecem rapidamente e me fazem mal?
Sei lá do que eu to falando, mas é que não precisa ter sentido ou razão ou seja lá o que você esteja procurando neste texto, talvez coerência, mas isso sempre me falta. Talvez não seja nada, seja só o vento soprando, e organizando naturalmente os grãos de poeira, areia, esperança, quiçá pensamentos.
2 comentários:
eeeuu seeeeii quee isssooo e sobreee * * * * * *
e quem és tu, anônimo? rs
Me diga!
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