Final de ano, e divido meus intermináveis dias em frente a esta tela com o bumbum nesse sofá velhinho pensando no que eu fiz esse ano, do que me orgulho de ter feito, do que não me orgulho tanto assim. E dividida entre uma angústia e ansiedade doentias e músicas magníficas que durante todo o ano fui adicionando à bagagem. Pensando num post de What about 2011, cogitando uma playlist pra vocês, tentando achar interminavelmente uma boa roupa para este blog e todas essas coisas. Se tem algo que tentei tentei e vou continuar tentando no ano que vem é me organizar e ter noção de tempo.Não sinto mais a necessidade de fazer um post aqui bom o suficiente, também não sinto que estou deixando isso às mocas e, preste bem atenção nisso, nem to necessitando de dar enter e formar parágrafos. Tirando quando a angústia sobe a garganta, as mãos tentam arrancar os cabelos e a ansiedade me serve de refeição, vou bem, obrigada.
Quero mostrar uma música linda pra vocês, dentre as tantas que gostaria de mostrar. É dos Beatles, mas essa é a versão do musical que um dia ainda convenço alguém a ver. Espero que gostem, e que ouçam quando precisarem look around around around around around, look around around around around around e então sentirem esse sentimento bom que me habita neste instante!
28 dezembro, 2011
22 dezembro, 2011
Sobre citações, internet e Caio F
A outra leu e achou bonito. Publicou:
Um amigo meu disse, é claro, ponderando palavras como todo bom cavalheiro faria:
Se eu apoio a divulgação desses autores, de suas obras? Claro que sim, não há dúvidas de que apoio! Isso foi só algo que me passou pela cabeça enquanto eu acabava de descobrir um lindo texto de Caio F (um dos meus escritores preferidos, que conheci via twitter e desde então não parei de pesquisar e ler sobre). O texto se chama Anotações sobre um amor urbano e realmente desejaria postar ele por completo aqui, mas ele é bem grandinho, e vocês não o leriam. Pois sim, deixo com vocês um aperitivo, um trechinho deste lindo texto que realmente me encantou! E um Viva! à internet que pode nos trazer mais conhecimento do que já sonhamos encontrar um dia à distância apenas de alguns cliques!
(O texto inteiro você encontra aqui)
fui no mc donalds, quando eu a vi , meu cérebro parou , minhas mãos tremeram e meus olhos caíram - caio fA amiga não deixou por menos, Marilyn Monroe falou e disse nessa frase: cuti cuti cuti bla bla bla.
Um amigo meu disse, é claro, ponderando palavras como todo bom cavalheiro faria:
AONDE QUE MARILYN MONROE FOI UMA BOA INFLUÊNCIA? ELA ERA UMA ATRIZ QUE FOI PRA PLAYBOY! PORRA, VAI SE FUDER, SUA GAROTINHA JUVENIL RETARDADA!!!Devo concordar, em parte. Até onde essa divulgação de trechos de escritores da 2º geração do romantismo é boa, e onde começa a ficar ruim? Bom, não querendo gastar tempo com isso, mas já gastando... Creio eu que redes sociais que tornem popular esses grandes autores e poetas facilitam, sim, a possibilidade de conhecermos e nos interessar por esses escritores e querer nos aprofundarmos nas obras deles, porém ninguém ta afim de ver por aí posts de trechos pseudo inteligentes de 5 em 5 minutos sobre autores que quem postou nunca ouviu falar antes.
Se eu apoio a divulgação desses autores, de suas obras? Claro que sim, não há dúvidas de que apoio! Isso foi só algo que me passou pela cabeça enquanto eu acabava de descobrir um lindo texto de Caio F (um dos meus escritores preferidos, que conheci via twitter e desde então não parei de pesquisar e ler sobre). O texto se chama Anotações sobre um amor urbano e realmente desejaria postar ele por completo aqui, mas ele é bem grandinho, e vocês não o leriam. Pois sim, deixo com vocês um aperitivo, um trechinho deste lindo texto que realmente me encantou! E um Viva! à internet que pode nos trazer mais conhecimento do que já sonhamos encontrar um dia à distância apenas de alguns cliques!
"(...) tudo vale a pena se a alma, você sabe, mas alma existe mesmo? e quem garante? e quem se importa? apagar a luz e mergulhar de olhos fechados no quente fundo da curva do teu ombro, tanto frio, naufragar outra vez em tua boca, reinventar no escuro teu corpo moço de homem apertado contra meu corpo de homem moço também, apalpar as virilhas, o pescoço, sem entender, sem conseguir chorar, abandonado, apavorado, mastigando maldições, dúbios indícios, sinistros augúrios, e amanhã não desisto: te procuro em outro corpo, juro que um dia eu encontro.
Não temos culpa, tentei. Tentamos."
17 dezembro, 2011
Sobre jogos e pontes
Me olhou. Minto. Ele não me olhou, ele me viu. E com os lábios sibilou claramente: -Xeque!
Poderia dizer que fiz o mesmo, mentiria, não o vi também. O jogo no impasse, os blefes valiam ouro, e o cofre dele estaria vazio se assim fosse. Ele não blefava nem enganava, jogava limpo. Insuportavelmente claro, translúcido e diferente. "Se o cérebro humano fosse tão simples ao ponto de entendê-lo, nós seríamos tão idiotas que não conseguiríamos entendê-lo", assim funcionava comigo. Digo, com ele. Esquece, perdi mais um peão. O cavalo muito bem posicionado, lá se foi o jogo. Digo, o xadrez. Porque os olhares, o jogo no qual me focava, continuou até mais tarde. Os cantos dos lábios sibilavam sorrisos, que nunca passaram de esboços. Tanto fazia o maldito jogo, o que estaria valendo nunca seria o que queria. Não saberiam dizer o que queriam, os olhares não deixavam.
Essa mania insuportável de jogos que só seriam legais se ganhasse, e sempre ganhava. Ou assim se fazia crer.
E querem mesmo saber? Que se fodam minhas vitórias, é quando eu perco que eu mais quero! Não quero que pensem igual a mim, não quero que correspondam a minha paixonite idiota ou ao meu desejo de ver e tocar. Esteja longe, longe o bastante pra que eu queria atravessar essa ponte. Você me entende? Não quero que esteja a um passo, quero atravessar pontes. É por isso, e unicamente por isto que não consigo tirar meus olhos ou meu maldito pensamento de você. Você está longe o bastante, e eu almejo. Mas é diferente, mais uma vez.
Quando está perto demais, ainda assim o almejo contra pondo meu anseio por pontes. Não creio que uma ponte até você seja no que se resuma esse calor louco que não me deixa dormir esta madrugada, me veio estranhamente uma ideia na cabeça. Ei, você, você aí do outro lado que estranhamente me interessa e chama... Ei você, quer construir uma ponte comigo esta noite?
Foi assim, basicamente assim. Joguei o tabuleiro, a toalha e qualquer coisa significasse desistir do jogo.
Éramos eu, e na minha esquerda me acompanhavam na travessia a Insegurança, o Medo e a Esperança. A esperança lá no canto, perdendo-se facilmente a cada movimento brusco.
A ponte longa, tinha um nome, não me lembro agora. Não devia importar. Os passos firmes, o madeira resistia. Longos passos, meu equilíbrio resistia. A ponte longa, eu resistia, estava atravessando.
Esquisito, não? Quando você não quer ganhar o jogo, mas exatamente perder.
07 dezembro, 2011
As pessoas nascem boas ou más? A sociedade interfere nisso?
E aí, gente, tomei vergonha na cara pra fazer algo que vem me atormentando desde comecei a ler e estudar mais. Esse texto aqui é de um trabalho de sociologia, que fiz pra escola. Venho fazendo vários desses, com temas absurdamente interessantes e finalmente resolvi mostrar algum aqui.
Venho estado meio perdida no que diz respeito ao blog, não quero que isso aqui seja só minha parte idiota que ama o mundo inteiro ou que sofre loucamente. Quero que isso aqui seja uma extensão minha, e espero que eu pegue o swing disso logo!
O tema é o do título, e o último parágrafo achei pessoal e loucura demais pro trabalho a ser entregue, então se sintam privilegiados! Boa leitura (:
Não creio que exista qualquer conceito inato que haja sobre nós. Somos fruto daquilo que vimos, vivenciamos, experimentamos e aprendemos ao longo da vida. Uma pessoa não nasce com seus princípios definidos, no máximo obtém um potencial a desenvolvê-los. Indivíduos nascidos em sociedades diferentes, terão pensamentos diferentes sobre um mesmo assunto, como por exemplo, os índios. Eles não são diferentes de nós, não há nada em sua genética que os façam ser diferentes, e mesmo assim, pegando por exemplo a nudez, que para eles não é algo excepcional, já para nós é motivo de vergonha. Andar despido por aí, como um índio faria, é caracterizado como um atentado ao pudor.
Seguindo essa linha de raciocínio, não creio que tenhamos um conceito inato do certo e do errado, e sim criamos, e a partir desses, agimos sob a ótica que nos mostra o que é bom ou ruim. Não creio na existência de qualquer força externa ou divina que possa nos designar a sermos bons ou ruins.
Como dito antes, somos frutos do que vivenciamos, sendo assim, a sociedade que nos cerca junto com todos os seus valores, história e regras, acrescenta a nós fatos diários, tais quais adicionamos à bagagem, seja tomando uma posição a favor, ou negando-os. Mais uma vez exemplificando, uma pessoa criada em um cerco de pessoas agressivas de forma acentuada, trás consigo essas experiências que então poderão exercer algum efeito (também acentuado) nele, como uma maior tendência à atitudes violentas ou total aversão à tal forma de agir. Uso de exemplos de tons acentuados pois nestes são mais perceptíveis a influência que o meio tem sob o indivíduo, determinismo puro, porém enfoco também que não há a obrigatoriedade de agir conforme o meio. Esse meio é apenas o canal transmissor de certas ideias vistas de posicionados pontos de vista.
De certa forma somos livres pra escolhermos o que quisermos, para considerar como bom ou ruim o que melhor nos aparentar e também agir sob a ótica que mais nos agrada, porém há sempre uma essência que nos é única e que até agora me pergunto da onde vem. Ou se não há essa essência. Aliás, essa é a minha maior dúvida até então. Se somos corpo, cérebro e uma folha em braco a definir, será que essa folha é o resultado apenas de esbarrões de pincéis alheios (vulgarmente atende pelo nome de Sociedade), ou essa folha também tem alguma vontade própria?
Com o cérebro, acredito até onde posso ver e tocar, mas com a alma (ela existe?) eu quero um pouco de magia pro lado de cá.
Venho estado meio perdida no que diz respeito ao blog, não quero que isso aqui seja só minha parte idiota que ama o mundo inteiro ou que sofre loucamente. Quero que isso aqui seja uma extensão minha, e espero que eu pegue o swing disso logo!
O tema é o do título, e o último parágrafo achei pessoal e loucura demais pro trabalho a ser entregue, então se sintam privilegiados! Boa leitura (:
Não creio que exista qualquer conceito inato que haja sobre nós. Somos fruto daquilo que vimos, vivenciamos, experimentamos e aprendemos ao longo da vida. Uma pessoa não nasce com seus princípios definidos, no máximo obtém um potencial a desenvolvê-los. Indivíduos nascidos em sociedades diferentes, terão pensamentos diferentes sobre um mesmo assunto, como por exemplo, os índios. Eles não são diferentes de nós, não há nada em sua genética que os façam ser diferentes, e mesmo assim, pegando por exemplo a nudez, que para eles não é algo excepcional, já para nós é motivo de vergonha. Andar despido por aí, como um índio faria, é caracterizado como um atentado ao pudor.
Seguindo essa linha de raciocínio, não creio que tenhamos um conceito inato do certo e do errado, e sim criamos, e a partir desses, agimos sob a ótica que nos mostra o que é bom ou ruim. Não creio na existência de qualquer força externa ou divina que possa nos designar a sermos bons ou ruins.
Como dito antes, somos frutos do que vivenciamos, sendo assim, a sociedade que nos cerca junto com todos os seus valores, história e regras, acrescenta a nós fatos diários, tais quais adicionamos à bagagem, seja tomando uma posição a favor, ou negando-os. Mais uma vez exemplificando, uma pessoa criada em um cerco de pessoas agressivas de forma acentuada, trás consigo essas experiências que então poderão exercer algum efeito (também acentuado) nele, como uma maior tendência à atitudes violentas ou total aversão à tal forma de agir. Uso de exemplos de tons acentuados pois nestes são mais perceptíveis a influência que o meio tem sob o indivíduo, determinismo puro, porém enfoco também que não há a obrigatoriedade de agir conforme o meio. Esse meio é apenas o canal transmissor de certas ideias vistas de posicionados pontos de vista.
De certa forma somos livres pra escolhermos o que quisermos, para considerar como bom ou ruim o que melhor nos aparentar e também agir sob a ótica que mais nos agrada, porém há sempre uma essência que nos é única e que até agora me pergunto da onde vem. Ou se não há essa essência. Aliás, essa é a minha maior dúvida até então. Se somos corpo, cérebro e uma folha em braco a definir, será que essa folha é o resultado apenas de esbarrões de pincéis alheios (vulgarmente atende pelo nome de Sociedade), ou essa folha também tem alguma vontade própria?
Com o cérebro, acredito até onde posso ver e tocar, mas com a alma (ela existe?) eu quero um pouco de magia pro lado de cá.
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