31 julho, 2011

Entre aspas: DEPOIS DOS QUINZE


Dessa vez não vim aqui só pra citar um texto,um escritor ou uma música... Mas sim, um blog!
Conheci o ddq por aí há algum bom tempo, sigo o/a @depoisdosquinze desde então.
O blog em sua essência é da Br, mas ela conta com uma equipe também. Creio que vocês meninas irão gostar bastante do blog, ele nos oferece posts sobre variados assuntos! Está sempre cheio de promoções, dicas de maquiagem, fotografia, música e o principal e o que me levou pra lá: lindos textos. Aquele tipo de texto que nos entende, vocês mais do que ninguém sabem do que estou falando.
Enfim, esse não é o melhor dos textos que encontrei por lá, mas é um assunto que tem estado na minha mente ultimamente. Se vocês curtirem o post, comentem ou pelo menos marquem aquela caixinha no fim do post que eu, viciada no ddq como sou, posso indicar posts antigos e todo o resto.
Esse blog as vezes fala por mim coisas que eu nunca soube expressar, dá aquela segurança de que tudo isso é normal, e tem alguém ali (a fofa da Br) que vai te ajudar a entender.
Espero que curtam a dica, e que se ainda se dão ao trabalho de ler o meu blog... Bom, que continuem assim! Mesmo se eu não escrever nada, tentarei trazer pra vocês algumas dicas como essa.
Espero que gostem, e tá aí um post recente escrito pela Bruna Vieira.
Beijos, e desfrutem da blogueira mais fofinha que eu já encontrei por aqui. ;*


Sintonia e Amizade

Mais sobre a Br, aqui!
Anos atrás, quando esse blog ainda nem existia, eu tinha uma visão bem diferente do que era a amizade. Sempre fui uma garota tímida, então eu enxergava barreiras onde teoricamente, só existiam pontes. Não conseguia me impor, e mostrar para as pessoas quem eu realmente era ou gostaria de ser. Eu até tinha amigas, poucas, mas tinha.
A questão é que na época, por inocência, eu fantasiava demais as coisas. Deixava passar certas atitudes, e fingia que tudo aquilo era normal. Resumindo: Pagava pau pra quem nem se importava comigo.
O tempo foi passando e algumas coisas aconteceram. Em tempo, percebi o quanto as coisas poderiam ser diferentes se eu tomasse certas atitudes. E tomei, Não foi fácil, eu me senti sozinha durante dias e noites. Foi horrível. Eu chorei em um quarto escuro por horas. Mas eu precisava fazer. Pra descarregar toda aquela energia. E em meio a tantas incertezas, encontrar quem eu realmente sou e o que eu realmente quero.
Então, muitas coisas incríveis começaram a acontecer. Por causa disso ou não, fui me afastando do meu antigo eu para conhecer o meu agora: O presente. Alguém mais madura, menos dependente e confiante.  Nessa mesma época, ganhei um concurso e uma viagem pra Paris. Por sorte ou destino, tudo que era pra dar errado, deu certo.
Na época, quando o resultado saiu, eu precisava de alguém pra ir viajar comigo.  Aqui na minha cidade poucas pessoas que eu conheço e confio sabem falar inglês fluente e já foram pra fora (requisitos impostos pela minha mãe). Semanas antes, enquanto conversava com uma amiga  "de internet" no msn, comentei da hipótese da viagem e do como seria legal viajar com ela. Acabou que na última hora, com desistência de uma tia, minha mãe aceitou a ideia de eu ir com uma desconhecida. Marcamos um dia antes da viagem, em Belo Horizonte. Lá nós e nossas mães finalmente nos conheceríamos.
Nos falamos bastante por messenger, e no dia, tudo deu certo. Nossas mães se deram super bem, e nós também. Viajamos juntas para o lugar mais incrível que já estive, e vivi uma das melhores semanas da minha vida.  Com direito a centenas de fotografias, micos, conversas e muita, muita risada. Lembro que quando acabou, do ônibus, olhando através da janela a estrada se movimentando, odiei mil vezes morar tão longe.
Os dias foram passando e com muitas conversas e risadas, nós fomos compartilhando a mesma lembrança. E criando uma amizade bem bonita, coisa que eu já nem acreditava mais poder acontecer na minha vida. Nos demos tão bem que até fizemos planos: Talvez no próximo ano moremos juntas lá em São Paulo.
Vocês devem estar se perguntando "por que ela tá contando isso?" né?
Hoje, enquanto voltada de viagem e observava as infinitas montanhas aqui de Minas, percebi uma coisa: As barreiras que mais nos limitam são aquelas que nós mesmos criamos.  A distância não é nada perto do que a gente tem dentro do peito. Seja amizade, amor ou só carinho.
O mundo é tão grande, tão cheio de pessoas sorridentes e misteriosas. É bobagem ter medo de encarar isso. Não precisa ser agora, não precisa ser semana que vem, queria apenas que vocês enxergassem isso dessa maneira.
Se você estiver se sentindo sozinha agora, ou sei lá, quando sair em uma sexta-feira à noite, não se culpe. Nem sempre é fácil ser quem se é, e principalmente, nem todo mundo é obrigado a amar você. Sabe aquela coisa de não esperar demais dos outros? É bobeira. Se a gente parar de acreditar em quem a gente ama, a gente para, sem querer, de acreditar em nós mesmos.
Por um mundo onde maquiagens duram mais quando são compartilhadas. Onde sorrisos não são apenas para fotos. Onde amizade é amizade, independente do tempo, distância ou o que for!




19 julho, 2011

"Sob um leve desespero"

"Eu não sei o que é direito" mas na verdade sabia. "Eu não sei descrever" e não sabia mesmo.
"To com medo" não há sentido nisso, "e desde quando houve nisso tudo"? O que sempre quis "eu não sei mais" se transfigurou em "não-pressiona", ela não fazia a mínima.
Por ora se descreveu tempestade de emoções, nunca revelou exatamente ás claras que "odeio trovoadas".
O lance todo era bem bonito, até esperançoso vez em quando "D E S E S P E R A D O R".
E o que significaria algo DESESPERADOR? Não esperaria mais? Tira a vontade de espera? "AAAH NÃO PODE!"
A verdade é que não importa se o assunto é amor, ideologia, adolescência, ou adultecimento. Sempre estamos a espera de algo. Eu particularmente "sou tola" e clichê e me encaixo perfeitamente nos romances e nos roteiros de algo comum e qualquer.
Quando adolescente estava a espera de alguém que viria do nada. Talvez pintasse algo novo, aquele menino dos sonhos. Aquele acontecimento utópico. Quando mais intensa esperei melancólica e louca (algo que até me lembrava Clarice) alguém vir e me arrancar a força da minha rotina, me imprensar na parede e me dar um tapa na cara.
Quando sonhadora e forte idealista, "aaaaaaah" quando isso, esperei uma vida totalmente diferente. Luzes de cidade grande e sorrisos de amigos, SATISFAÇÃO!
Quando triste, esperei poder sair por um dia frio, tomar um café e chorar calada. Mais uma vez a melancolia de Clarice, mas com um quê de Caio.
Quando feliz, não sei, era meio capitalista. Sabia que não deveria. Não devia e por isso  fiz, fui egoísta.
Agora vazia, escrevo. Na verdade, enrolo! Não sei mais escrever. Sem aquele blabalabla de "eu não sabia antes também, mas é que..." Ah não! por favor, sem isso. Eu sabia escrever o que eu sentia, aos 12 anos escrevia e escrevia muitíssimo bem! Conseguia descrever, representar e me satisfazer com o que escrevia. Agora, vazia, e tão cheia, não sei.
Pego o papel, ligo a tela... Leio, escuto, fico na iminência de qualquer sentimento e a mercê de doenças contagiosas eeeeeeeee: N A D A.
Não é exatamente feliz, sempre tive problemas com vazios e não-reação. Imagina você, que outro dia me peguei com um sentimento cor-de-rosa?! Não deu em nada, um mísero texto que escrevi me forçando. Fora fraco.
Até no fim deste, e olha que qualquer fim de qualquer coisa comigo mexe, me peguei forçando a escrever!
É que eu acho que me acostumei um pouco ao "tá", outro dia comentei comigo mesma sobre isso. Achei de uma irreverência patética, não engoli.
Ouvi rock, ouvi mpb e ontem mesmo me peguei ouvindo Chico! E nada, dá pra acreditar?
Dou-me enfim por um fim. Vejo em mim o fim da veemência de escrever, a excitação pluralista de ideologias inversas.
Estudei história, tirei notas boas em exatas, e nada me saltou aos olhos.
Dá pra acreditar que outro dia Judas veio me enfrentar? E eu fugi. Tá, fugir não é exatamente o que eu fiz, mas eu virei o outro lado da face! Não acreditaria que seria capaz de fazer isso se eu ainda fosse a criança da 6° série que procurava sentido na poesia na sua redação de português e que tinha na ponta da língua mil ofensas. Tava cansada apenas, pareci meio sensata. DESINTERESSANTE.
Me pergunto quando vem..... é, aquela maldita espera de novo!
Agora respondo, quando vazia espero vir qualquer coisa. Sacola plástica, lixo esvoaçante, sentimento piegas e até algo definhador.
É como você ter um plano em suas mãos em envelope pardo de secretaria escolar, estar sentada no banco da rodoviária e esperar vir o ônibus que te levará pra, quem sabe, uma badalada rua cheia de rostos desconhecidos onde você viverá diferente. E chegam onibus, e você testa os lugares, e em nenhum te encontras!
Eu to sendo tola, nem falando coisa com coisa tô.




Deu pra ver, não deu? o desespero da espera inusitada da chegada do que nunca vi partir?
Não há sobre o que falar, tento inventar, é débil.
Me sinto um lixo, a garganta inflamada, o estômago retendo o vomito.
Estou definhando à luz da tevê no quarto escuro no qual me encontro.
Eu nem sei porque escrevi, se não veio de dentro. Se só foram palavras soltas.
Ah! isso acontece muito quando leio um livro! Depois que o fecho e sei lá, exemplificando, caminho! Ficam palavras soltas na minha mente, sempre caracterizando, sabe-se lá o que.
Ai, eu paro, olho e me deparo.
Se deparar é feio. Quem inventou esse prefixo também era um belo pilantra,não?  DEsespero DEparar DEsistir
Desistir será parar de existir?
Eu existo?
Eu desisti em algum momento?
aai ai, catarse sem noção.
Boa noite, querido nada.


("que me leva, que me leva daqui")

10 julho, 2011

retalhos de coisas semi-escritas



Foi esquisito, em geral as coisas com ele eram.
Eu o encarava por breves segundos e, tagarela como sou, ficava sem ter o que dizer.
Ainda estou sem o que dizer.
O lance todo era bem complicado, aquela vontade do calor dele, pele com pele, lábios entrelaçados.
Aquele frio na barriga juvenil dava lugar a contemplação do rosto em minhas mãos, e depois já era tarde demais, nossos lábios falavam pelos nossos olhos.
Todo o sentimento cor-de-rosa era pouco, fraco, a carne falava alto. Gritava.
A respiração ofegava e o cheiro inundava o ar.





Era como uma dança dos corpos.
Desviando em passos leves, a sentença de morte ali, a sua frente.
Do que se foge, e do que quer. Era uma situação hesitante
.
O balé avançava velocidades, ambos bailavam ferozmente pelo salão.
Quando de repente a música parou, se olharam olho nos olhos. E correram pra si...
O final foi épico, chorou escondida. A dança de movimentos caprichados e sincronizados expressava, no arrepio da pele exposta o efeito, a compreensão que lhe fora dada.
Levantou-se cheia daquele sentimento exaltado-orgulhoso e aplaudiu com todo seu esplendoroso fôlego.
Fecharam-se as cortinas e lá, ainda exalando entusiasmo, continuou. Por horas e horas.
Patética, sentada no chão imundo, via o espetáculo da vida passar-lhe: esplendoroso!


09 julho, 2011

wake up


Hoje eu acordei com uma atmosfera engraçadinha do meu lado. Talvez seja só o produto de ter caido no sono enquanto lutava comigo mesma para não ir atrás de quem eu não devia, ou então as músicas que me ninaram. Pode ter sido as cobertas também, em tempos de muito frio acho que emitem mais energia boa do que o normal. Sempre gostei de um casulo, tinha me esquecido de como era bom.
Mas o que me despertou mesmo não foi a vontade louca de fazer xixi que tive as 5:20am, nem um sonho muito louco que tive. Foi o despertar: TINHA SOL! Assim mesmo, em maiúsculo e com exclamação!
Eu não sei o que isso quer dizer, SOL, mas eu sinto que é bom. O céu está num azul uniforme e as árvores estão mais feliz, posso ver isso no tom das suas folhas expostas ao SOL.
Eu ouvi minha banda preferida também, foi por acaso, mas me fez um bem enorme!
Me olhei no espelho, escovei os dentes, penteei os pensamentos e baguncei-os de novo. É, também acho que ficam melhor assim. Olhei nos meus olhos, já tava na hora de alguém fazer isso, e sibilei "despertar". Achei hilário, a palavra fazia cócegas na face, repeti pausadamente: DES-PER-TAR.
Não sei o que esse blablabla de sol no sábado quer dizer, eu só quis escrever enquanto o sol invadia minha sala, foi bonito. Deu vontade de chorar, mas decidi escrever na hora. Só queria dizer que de repente me deu uma vontade enorme de ser feliz, de sorrir e de -sei-lá-o-quê. De DESPERTAR cada dia mais nova, mais cheia de sonhos, mais cheia de planos, com menos cabelo penteado e mais sorriso no rosto.
Decidi levantar pro sábado, já tava na hora disso também. Fiz uma catarse com os dedos congelados e fui me expor ao sol. Pentear os pensamentos aos poucos, sorrir pro espelho. E se não tiver quem me olhar nos olhos e fizer coisas bonitas todos os dias eu decidi fazer por mim mesma.
Chega, sabe, de esperar. Vivemos esperando algo que não sabemos o que é. Vivemos esperando alguém chegar com o caminhão de mudança e te arrastar, te fazer mudar de ideia, mexer com o seu coração e pirar sua mente. Essa espera me alerta, mas não quero falar sobre ela agora. Hoje fez sol ao despertar e quero aproveitar pra tirar o mofo da mente.
Te vejo mais tarde? Só não espere isso também. Porque nem tudo é como parece ou termina como se prevê. Lembre-me disso quando necessário, boy.
Fui tomar minha dose de vitamina D enquanto há oferta, mesmo que pouca...

Ei,
eu despertei hoje, dá pra acreditar?

06 julho, 2011

citação: Caio F


"– Só sei que nós nos amamos muito…
– Porque você está usando o verbo no presente? Você ainda me ama?
– Não, eu falei no passado!
– Curioso né? É a mesma conjugação.
– Que língua doida! Quer dizer que NÓS estamos condenados a amar para sempre?
(…)
– E não é o que acontece? Digo, nosso amor nunca acaba, o que acaba são as relações…
– Pensar assim me assusta.
– Por que? Você acha isso ruim?
– É que nessas coisas de amor eu sempre dôo demais…
– Você usou o verbo ‘doer’ ou ‘doar’?
(Pausa)
– Pois é, também dá no mesmo…"