08 fevereiro, 2011

keep surviving of nothing

Era a minha solidão que encontrava com ele ali
Foi o oco, o vazio, se enchendo novamente
Éramos dois, mas na verdade sempre fomos mais
Sempre nos entendedo, sempre deixando em segredo que conseguiamos nos ouvir
Meio sem nexo, meio sem por quê
Foi instantâneo, foi como macarrão instantâneo

Foi o encontro de necessidades das duas partes
Amor, companhia, graça? Encantamento!
Frio na barriga, algumas borboletas no estômago
O looping deu errado
Montanha russa é bom e acaba tão rapido
Só se lembrar que foi bom, mas morreu. Acabou

Ás vezes bate uma vontade louca de voltar pra lá
te esperar no banco velho e desmazelado
Não te esperar, e puf! Acontecer
Ou esperar muito e não perceber quando aconteceu o tal 'caramba, mas não é que é você?'

Sentir falta, e voltar. Voltar correndo
Encontrar no mesmo lugar as mesmas pessoas, mas não saber o que falar
Ou falar demais, falar tudo. Aí acaba
Falar demais ou se calar demais. Equivocos que cometemos demasiadamente
Não havendo mais palavras o encanto morre
o sentimento morre, a instantaneidade morre.

Acabou, e então o que havia no embrulho?
Cartas não mandadas, escritas a pensamentos sempre editados antes de pronunciados
Máquina do tempo, desejo esse mútuo?
Deixa em segredo, eu decidi falar menos agora.
Mas quase nunca consigo, é óbvio!


"Guardar em segredo
em si e consigo,
não querer sabê-lo
ou querer demais. "
Carrego Comigo - C. Drummond


2 comentários:

Rodrigo Lima disse...

Oi!!! Estou passando por aqui pois vc foi convidado a um desafio, passe no meu blog pois estou indicando o seu: www.cavernaeremita.blogspot.com
Beijos

Impermanente disse...

Mas olha só ... Ta muito poético e bem escrito. Gostei :D