10 março, 2013

Quando eu me for, me chame


Se eu for embora, se eu sair, se eu faltar: me chama
Se eu chorar, se eu argumentar, se eu tentar: me ouça
Eu tenho uma necessidade infantil de ir embora para que sintam minha falta

Olha, não tenho orgulho, te grito quantas vezes precisar
Mas se alguma vez nos virarmos as costas e eu não te gritar: me grite!
Me grite porque mora em mim uma insegurança estúpida que faz disso necessário
Que faz do sentir a minha falta, do me chamar, do me procurar: seguro!

Se eu for embora, se eu não voltar
Como ato inusitado, como inesperado
Espero insegura que me chames

Para que eu possa sentir
Para que eu possa confirmar
Para que eu tenha a certeza que não só sinto falta, mas a faço

Para que esse medo idiota de ser indiferente me abandone
Porque, olha, é tão ruim quando não me chamam
Quando não me sentem falta
Quando para comigo não me qualifica o "indispensável"

Se um dia eu for embora, virar as costas, mas sem parar de falar
Se um dia em for, se um dia eu for e não mais voltar
Me busque, estarei na esquina engolindo os soluços frustrados
Estarei na calçada percebendo a falta que não faço, com os olhos marejados

4 comentários:

Anônimo disse...

Ai menina para de contar meus casos, isso dá medo haha mas amei o post !! *-*

Caroline Schuenck disse...

HAHAHAHAHA leio sua mente ;)
Quem és tu, anônimo?
Põe o nome quando for comentar, galera, minha gratidão cresce em 1000%! :p

Nadine Cardoso disse...

Gostei muito... Me descreveu totalmente ahahaha Beijos!

Impermanente disse...

você é sensa!